Israel faz dois minutos de silêncio em homenagem às vítimas do Holocausto
Os israelenses fizeram dois minutos de silêncio nesta quinta-feira (5) para lembrar os seis milhões de judeus mortos pelo nazismo, no dia anual em memória do Holocausto.
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Automóveis, transportes públicos e pedestres pararam nas ruas de todas as cidades do país, e universidades e escolas interromperam as aulas. Os canais de televisão e as emissoras de rádio também suspenderam seus programas e exibem desde quarta-feira reportagens e depoimentos sobre o genocídio e as atuais condições de vida dos últimos sobreviventes
O presidente israelense, Reuven Rivlin, reconheceu nesta quarta-feira (4), durante uma cerimônia, que o Estado “não tomou todas as medidas que estavam a seu alcance para cuidar dos sobreviventes da Shoah”. Quase 190.000 sobreviventes do Holocausto vivem atualmente em Israel, sendo 45.000 deles estão abaixo da linha da pobreza, segundo uma fundação para o bem-estar destas pessoas.
Israel aprova lei para ajudar vítimas
Em 2007 Israel aprovou uma lei para aumentar as ajudas às vítimas, mas, de acordo com várias associações, o auxílio não é suficiente. Ontem, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu aproveitou a cerimônia oficial de abertura das comemorações para “criticar a propaganda contra Israel no ocidente”, que ele qualificou de “veneno”. “O que levou ao Holocausto foi a incitação ao ódio contra Israel, que continua nos nossos dias”, declarou.
“O antissemitismo não desapareceu com a morte de Hitler em seu bunker. A propaganda no mundo ocidental contra Israel não é menos venenosa do que a propaganda contra o Islã extremista e o mundo árabe”, disse Netanyahu. “Se durante a História, os judeus foram designados como inimigos da humanidade, hoje é o Estado dos judeus que é o inimigo da humanidade. E essa mentira não tem fronteiras”; acrescentou.
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