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Jovem é detido no Egito por zombar do governo no Facebook

Um jovem egípcio foi detido por ter zombado do governo em um vídeo satírico publicado no Facebook. A informação foi dada neste domingo (08) por fontes judiciais egípcias e coincide com uma violenta campanha de repressão contra qualquer opinião crítica no Egito.

Apesar das manifestações contra o regime de Sissi, governo endurece ofensiva contra a liberdade de expressão no país.
Apesar das manifestações contra o regime de Sissi, governo endurece ofensiva contra a liberdade de expressão no país. MOHAMED EL-SHAHED / AFP
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Ezzedine Khaled, de 19 anos, segundo seu perfil no Facebook, foi preso em sua casa no Cairo no sábado e colocado por quatro dias em prisão preventiva por "incitação a participar em manifestações e por divulgação de um vídeo que insulta as instituições do Estado", disse à AFP seu advogado, Mahmoud Ottman.

O jovem é membro de um grupo chamado Street Children, segundo sua conta do Facebook, que divulga regularmente vídeos satíricos que zombam das decisões do governo, acusado de "encarcerar a juventude".

No último vídeo, alguns jovens - incluindo Khaled - zombam em uma canção da desvalorização da libra egípcia e da devolução à Arábia Saudita de duas ilhas no Mar Vermelho, dois temas que provocaram protestos no país.

Para enfrentar as manifestações pela devolução das duas ilhas, a polícia dirigiu preventivamente uma intensa campanha de prisões nos círculos de defensores de direitos humanos, da juventude laica e liberal, de blogueiros, advogados e jornalistas, principalmente.

Regime repressor

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional ou Human Rights Watch, acusam o chefe do Estado, Abdel Fatah al-Sissi, de dirigir um regime extremamente autoritário e repressor.

Depois de ter deposto e detido Mohamed Mursi em 3 de julho de 2013, o novo governo de Sissi, eleito chefe de Estado em 2014 na ausência de qualquer oposição confiável, abateu em algumas semanas mais de 1.400 manifestantes pró-Mursi. Desde então, mais de 40 mil pessoas foram detidas e centenas - incluindo Mursi -, condenadas à pena de morte.

Com informações da AFP

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