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Terrorismo

G7 anuncia plano para lutar contra financiamento do terrorismo

Os ministros das Finanças do G7 anunciaram neste sábado (21) a decisão reforçar a ofensiva contra o financiamento do terrorismo. Um plano de ação deve ser aprovado na reunião de cúpula de chefes de Estado e governo, marcada para a próxima semana.

Representantes dos países do G7 anunciaram a decisão de reforçar a luta contra o financiamento do terrorismo durante reunião neste sábado (21), em Sendai, no Japão.
Representantes dos países do G7 anunciaram a decisão de reforçar a luta contra o financiamento do terrorismo durante reunião neste sábado (21), em Sendai, no Japão. Reuters
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Reunidos nesta sexta-feira (20) e sábado em Sendai, norte do Japão, os países do G7 (Japão, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Canadá) reafirmaram o compromisso de combater o financiamento do terrorismo, "que oferece aos terroristas os meios para realizar seus ataques, alimentar suas redes e divulgar sua ideologia através da propaganda", declarou o grupo em comunicado.

"Estamos agora em uma fase operacional. Vamos apresentar ferramentas eficazes de luta contra o financiamento do terrorismo. Isso é absolutamente necessário", declarou o ministro francês das Finanças, Michel Sapin. Segundo ele, a aplicação do plano será rápida e começará após a reunião de cúpula dos dias 26 e 27 de maio na cidade japonesa de Ise-Shima.

O ministro francês explicou que o mecanismo inclui trocar informações entre os órgãos de inteligência no âmbito financeiro, "de forma que o que acontece em um país seja conhecido no país vizinho". Para Sapin, o plano é a melhor forma de combater os grandes movimentos de financiamento de organizações terroristas, como grupo Estado Islâmico, na Síria ou Iraque.

Como parte do novo dispositivo, está prevista uma maior colaboração na aplicação de sanções financeiras, como o congelamento de contas bancárias e o reforço do Grupo de ação financeira contra a lavagem de dinheiro (Gafi). "Também vamos lutar contra o anonimato das movimentações financeiras. Tem que haver provas", acrescentou Sapin.

Tensão sobre as divisas

A desaceleração econômica mundial também preocupa os ministros e presidentes de bancos centrais. "Embora a economia dos Estados Unidos esteja ganhando força, a recuperação é desigual no mundo, e os riscos aumentaram desde o ano passado", afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew.

Os representantes do G7 prometeram empregar "todas as ferramentas" monetárias, orçamentárias e estruturais a sua disposição, e evitar uma desvalorização em cascata de divisas. Sobre este ponto, Lew pressionou o Japão, que ameaçou, recentemente, desvalorizar o iene para aumentar a competitividade de suas exportações.

O ministro japonês, Taro Aso, voltou a falar, neste sábado, sobre os movimentos "abruptos e especulativos" dos últimos tempos. Segundo Washington, a alta recente do yen representa um golpe para os exportadores japoneses, mas não justifica uma intervenção no mercado de divisas.

"Brexit" será outro assunto da cúpula

O "Brexit", eventual saída do Reino Unido da União Europeia (UE) também ocupou os ministros, reunidos nesta sexta-feira (20) e sábado em Sendai, norte do Japão. O referendo sobre a questão será realizado no dia 23 de junho.

Os sete países concordaram que uma eventual saída do Reino Unido do Bloco "complica o ambiente econômico mundial". Segundo eles, a possibilidade seria um "choque" que afetaria perigosamente o crescimento da economia mundial.

O ministro alemão, Wolfgang Schäuble, foi um dos mais enérgicos, ao comentar, após a reunião: "Todos somos da opinião de que esta seria uma decisão equivocada do Reino Unido".

Apoiados pelas grandes instituições multilaterais, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os defensores da permanência na UE, a começar pelo primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, não deixam de alertar para o impacto sobre o país de um abandono do bloco.

A estratégia deixa indignados os defensores da saída, ou Brexit, que acreditam que o Reino Unido seria mais próspero se se livrasse da máquina burocrática de Bruxelas. Na reunião da semana que vem, Japão, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Canadá devem renovar sua advertência.

(Com informações da AFP)

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