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Arábia Saudita nega responsabilidade na morte de crianças iemenitas

A coalizão árabe dirigida pela Arábia Saudita, que apoia o governo local no conflito do Iêmen, negou neste domingo (14) ter bombardeado uma escola no norte do país e garantiu que o ataque no sábado (13) teve como alvo um campo de treinamento dos rebeldes xiitas huthis.

Rebeldes xiitas huthis durante encontro demonstrando apoio ao Congresso Geral do Povo em Sanaa, no Iêmen, em 14 de agosto de 2016.
Rebeldes xiitas huthis durante encontro demonstrando apoio ao Congresso Geral do Povo em Sanaa, no Iêmen, em 14 de agosto de 2016. REUTERS/Khaled Abdullah
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A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou neste domingo (14) que 10 crianças morreram e outras 28 ficaram feridas em ataques aéreos contra uma escola corânica de Haydan, na província setentrional de Saada, controlada pelos rebeldes huthis. A Unicef confirmou este bombardeio aéreo, ao mesmo tempo em que exortou os dois grupos a não atacar crianças.

No entanto, a coalizão árabe, dirigida pela Arábia Saudita, afirmou que o alvo do ataque teria sido um campo de treinamento, onde os rebeldes formam, segundo eles, um exército de crianças- soldado.

"Utilizam as crianças como recrutas", declarou à agência AFP o general saudita Ahmed Al Asiri, desmentindo que uma escola fosse o alvo da coalizão árabe. Segundo ele, o ataque aéreo matou o responsável do campo e um número indeterminado de rebeldes xiitas huthis.

"Nossa pergunta é a seguinte: O que crianças faziam ali?", questionou o general saudita, que acusa os rebeldes de "recrutar crianças e de utilizá-las como exploradores, guardas, mensageiros e combatentes".

Os xiitas huthis, provenientes do norte do Iêmen e aliados do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, se ergueram contra o poder do presidente Abd Rabo Mansur Hadi em 2014 e conquistaram amplos setores do país, entre eles a capital, Sanaa.

Em março de 2015, a monarquia sunita da Arábia Saudita - que acusa os huthis de ter vínculos com seus rivais xiitas no Irã-, liderou uma coalizão militar árabe, cujo objetivo é frear o avanços dos rebeldes por meio de bombardeios aéreos. Desde então, o conflito já deixou mais de 6,4 mil mortos e 30 mil feridos, entre eles muitos civis.
 

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