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União Europeia pede “fim imediato” de combates em Alepo

 Os 28 países membros da União Europeia pediram nesta quinta-feira (18) o “fim imediato" dos combates em Alepo, a maior cidade no norte da Síria e a mais destruída pela guerra entre as forças de Bashar Al-Assad e rebeldes, um conflito que já fez mais de 290 mil mortos desde 2011.

Soldados em Alepo
Soldados em Alepo Reuters
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O fim dos combates solicitado pela União Europeia tem como objetivo permitir a intervenção dos serviços de emergência e a continuação das operações humanitárias, de acordo com Federica Mogherini, chefe da diplomacia do bloco europeu.

“Trata-se de assegurar as evacuações médicas, a prestação de assistência humanitária e a reparação de infraestruturas críticas para o fornecimento de água e eletricidade", afirmou Mogherini em comunicado à imprensa.

Alepo é palco há duas semanas de uma batalha crucial entre as tropas de Bashar Al-Assad e as forças rebeldes ao regime. Aviões de guerra sírios e de seu aliado russo bombardearam mais uma vez redutos dos insurgentes nesta quinta-feira (18), de acordo com uma ONG local.

"A UE condena firmemente a escalada da violência e os bombardeios constantes que colocam ainda mais em risco a vida de centenas de milhares de sírios", declarou a chefe da diplomacia do bloco. Mogherini ressaltou ainda a "responsabilidade primária" do regime sírio na proteção da população civil e acusou o governo de "ataques excessivos e desproporcionais".

Nesta quinta-feira (18), o enviado da ONU e encarregado do conflito sírio, Staffan de Mistura, denunciou em Genebra que nenhum comboio humanitário tem conseguido entrar nas áreas sitiadas da Síria neste último mês. Segundo as Nações Unidas, centenas de milhares de civis estão presos em Aleppo, que sofre com uma escassez significativa de produtos e preços abusivos.

"Nesta guerra não há inocentes", afirmou Paulo Sérgio Pinheiro, presidente de uma comissão internacional que examina relatos de violações dos direitos humanos na Síria. "Não há solução militar para o conflito em Alepo. A única solução são as negociações que meu colega Staffan de Mistura está tentando negociar em Genebra", declarou Pinheiro.

Moscou anunciou também nesta quinta-feira que a Rússia está pronta para implementar uma pausa humanitária de 48 horas, todas as semanas, em Alepo.

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