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Guerra

Turquia é abalada por mais um atentado enquanto progride em ofensiva na Síria

Ao menos 11 policiais morreram e outras 45 pessoas ficaram feridas em um atentado com carro-bomba contra uma sede policial em Cizre, sudeste da Turquia, nesta sexta-feira (26). Nesta manhã, tanques do país cruzaram a fronteira Síria pelo terceiro dia consecutivo para combater os dois principais alvos de Ancara: o Grupo Estado Islâmico e as milícias curdas do sul do país.

Atentado com carro-bomba na cidade de Cizre, na região sudeste da Turquia.
Atentado com carro-bomba na cidade de Cizre, na região sudeste da Turquia. REUTERS/via Reuters
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Segundo a agência pró-governamental Anatolia, o ataque de hoje teria sido realizado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em guerra com o poder central – enquanto o do último sábado, que matou mais de 50 pessoas em um casamento, foi atribuído ao Grupo Estado Islâmico.

O atentado de hoje destruiu o quartel-general das forças antidistúrbios, onde era possível observar uma longa coluna de fumaça, segundo as imagens divulgadas pela televisão. Dois dos feridos estão em estado grave.

O carro-bomba explodiu a 50 metros do edifício, em um posto de segurança, segundo a agência de notícias. Doze ambulâncias e dois helicópteros foram enviados ao local para socorrer os feridos, informou o ministério da Saúde citado pela televisão turca.

O atentado foi registrado dois dias depois da entrada de tropas turcas no norte da Síria no âmbito da operação "Escudo de Eufrates" contra o Estado Islâmico (EI) e as milícias curdas da Síria.

Ofensiva em Jarablos

As forças de segurança turca frequentemente são alvos dos ataques do PKK. Desde julho de 2015, quando acabou o cessar-fogo entre o governo e o PKK instaurado em 2013, os atentados curdos deixaram dezenas de mortos entre as fileiras policiais e militares. O PKK intensificou os ataques nas últimas semanas depois do golpe de Estado frustrado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan de 15 de julho passado.

A ofensiva turca na fronteira com a Síria, considerada como a mais ambiciosa lançada pelo país em cinco anos, é realizada com o apoio da coalizão internacional e conseguiu expulsar os jihadistas da cidade de Jarablos. O governo de Bahsar al-Assad considera a ação um desrespeito à soberania da Síria.

 

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