França mobiliza oito caças em operação anti-EI para batalha de Mossul
As operações aéreas da França para a retomada de Mossul, cidade sede do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque, começaram na manhã desta sexta-feira (30). Oito aviões de caça franceses Rafale decolaram do porta-aviões Charles de Gaulle, no mar Mediterrâneo.
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As autoridades francesas não deram detalhes das operações, nem mesmo divulgaram o objetivo da missão. Os Rafale são geralmente utilizados no reconhecimento de alvos e também em bombardeios para destruição de instalações jihadistas.
Com a contribuição desse porta-aviões a capacidade de ataque por ar da França é triplicada na região, onde doze caças Rafale já estão estacionados na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos. O Charles de Gaulle "reforçará nossas capacidades de inteligência" e "melhorará a informação das forças que retomarão o território de Mossul", indicou o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian.
Essa é a terceira vez em que o porta-aviões participa de operações da coalizão internacional anti-EI, dirigida pelos Estados Unidos desde fevereiro de 2015. O navio, que tem a bordo 24 aviões do tipo Rafale, dois aviões Hawkeye e quatro helicópteros, saiu do porto de Toulon, no sudeste da França, em 20 de setembro.
Batalha longa e complicada
A batalha de Mossul, no norte do Iraque, cidade controlada pelo EI desde 2014, será longa e delicada. Os extremistas estão infiltrados em zona urbana, em meio à população de 664 mil habitantes, que deverão ser poupados dos ataques.
A ofensiva-chave pode começar em outubro, segundo várias autoridades ocidentais. O objetivo desta batalha é reconquistar a cidade de Mossul antes do fim do ano.
As tropas iraquianas, que conseguiram reconquistar grandes partes desses territórios nos últimos dois anos, também se preparam para lançar a batalha de Mossul, com o apoio da coalizão internacional, que mobiliza cada vez mais meios antes do início deste ataque.
Já os Estados Unidos anunciaram nesta semana o envio de mais 615 soldados ao Iraque, principalmente especialistas em operações de inteligência, para analisar os computadores que serão abandonados pelos jihadistas.
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