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Turquia

Ataque com carro-bomba deixa ao menos 18 mortos na Turquia

Ao menos 18 pessoas - 10 militares e 8 civis - morreram neste domingo (9) na explosão de um carro-bomba na província de Hakkari, no sudeste da Turquia, anunciou o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim. Ao menos 26 pessoas ficaram feridas no ataque.

Ataque com carro-bomba visou posto militar do sudeste da Turquia neste domingo (9).
Ataque com carro-bomba visou posto militar do sudeste da Turquia neste domingo (9). IHLAS NEWS AGENCY / AFP
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"O atentado foi lançado por um terrorista que detonou uma caminhonete com ao menos cinco toneladas de explosivos", disse Yildirim em uma coletiva de imprensa. O governo atribuiu o ataque aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e lançou uma operação na região para encontrar os autores da violência.

O carro-bomba explodiu às 9h45 locais, visando um posto militar, a exemplo de outros ataques atribuídos aos rebeldes curdos. Os civis mortos estavam em um ponto um ônibus perto da explosão.

A bomba gerou um impacto foi tão forte que deixou uma cratera no chão de 15 metros de largura por 7 metros de profundidade, indicou a Anadolu, agência de notícias pró-governo. Devido à violência do ataque, o Conselho Superior do Audiovisual turco proibiu as mídias de exibirem imagens do local da explosão e das vítimas.

No Twitter, o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus, denunciou "um atentado raivoso cometido por terroristas contra soldados turcos. Kurtulmus disse que o governo vai acirrar a luta contra organizações extremistas.

Conflito entre Turquia e rebeldes curdos já deixou 40 mil mortos

O PKK, considerado como uma organização terrorista por Ancara, Washington e a União Europeia, está engajado desde 1984 em uma guerra contra a Turquia para protestar contra a repressão à minoria curda do país - um conflito que já deixou mais de 40 mil mortos. 

O conflito entre Ancara e a rebelião curda ganhou um novo capítulo em julho de 2015, quando foi finalizado o cessar-fogo entre as duas partes, que já durava dois anos e meio. Os confrontos resultaram na fuga de centenas de habitantes das cidades do sudeste do país.

Nos últimos meses, o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan realizou diversas operações militares contra o PKK, que responde na mesma moeda. Desde que a onda de violência reiniciou, vários ataques foram atribuídos por Ancara à rebelião curda

No sábado (8), um homem e uma mulher, suspeitos de pertencerem ao PKK, se suicidaram explodindo bombas que carregavam, quando perceberam que estavam sendo perseguidos pela polícia. As autoridades ainda investigam o caso.

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