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Pena de morte

China continua sendo o país que mais pratica pena de morte

Várias manifestações são realizadas no mundo nesta segunda-feira (10) para marcar a 14ª Jornada Mundial contra a pena de morte. No entanto, na China, país que mais pratica execuções, o método persiste, apesar das críticas da comunidade internacional.

Mais de 50 países mantêm a pena de morte em sua legislação.
Mais de 50 países mantêm a pena de morte em sua legislação. Getty Images/Volkan Kurt
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Com informações de Heike Schmidt, correspondente da RFI em Pequim

Mesmo se não há estatísticas oficiais, a ONG Anistia Internacional estima que a cada ano entre mil e 3 mil pessoas são condenadas à morte na China, o que coloca o país no topo da lista dos que mais praticam a pena capital no mundo.

Recentemente, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, defendeu novamente a prática. Em um discurso, ele disse o método seria “necessário” por causa dos altos números de crimes violentos cometidos a cada ano no país.

No domingo (9), Bai Enpai, um dos chefes do Partido Comunista, foi mais um dos executados. Detido no âmbito da campanha anticorrupção em vigor na China desde 2012, ele recebia dinheiro em troca de alvarás de construção e autorizações para explorar uma mina. O acusado teria embolsado mais de € 32 milhões de suborno.

Cerca de 300 mil membros do Partido Comunista foram punidos por corrupção apenas em 2015. No entanto, as condenações à pena de morte por esses crimes ainda são raras.

Ameaça terrorista fez legislação se tornar mais dura em vários países

Nos últimos dez anos, Nigéria, Bangladesh, Índia e Tunísia adotaram leis que ampliam a aplicação da pena de morte. Uma das principais razões foi a inclusão de atos terroristas na lista de crimes passíveis de execuções.
Em Camarões, a pena de morte foi reestabelecida em 2004, como parte de uma lei contra o terrorismo. No entanto, segundo a ONG, a medida é “inadaptada” e não teria reduzido o número de atentados ou a ação do grupo jihadista Boko Haram no país. Pelo menos 20 países condenaram pessoas à morte ou levaram a cabo execuções por crimes relacionados a terrorismo no ano passado. 

Em seu relatório anual, a Anistia Internacional informa que 95% dos condenados à morte estão em apenas cinco países. De acordo com o estudo, a China é seguida, em número de execuções, da Arábia Saudita, Irã, Paquistão e Estados Unidos. Cerca de 3 mil prisioneiros esperam no corredor da morte das prisões norte-americanas.

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