Pessimista, diplomacia se reúne na Suíça para discutir crise síria
Representantes da comunidade internacional se reúnem neste sábado (15) em Lausanne, na Suíça, para tentar novamente encontrar uma solução para a crise na Síria. No entanto, o representante de Moscou, um dos principais aliados do regime de Damasco, se mostrou pessimista antes mesmo do início das discussões.
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A reunião deve contar com a participação dos chefes da diplomacia russa, norte-americana e iraniana, respectivamente Serguei Lavrov, John Kerry e Mohamad Javad Zarif. Representantes de Turquia, Arábia Saudita e talvez do Catar, aliados regionais da oposição armada ao presidente Bashar al-Assad, também devem comparecer.
Um porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores também informou que o chanceler do país participará dos diálogos. Teerã, junto com Moscou, são os principais aliados do regime sírio. No entanto, do lado do Kremlin o pessimismo reina. "Não espero nada em especial", disse o chefe da diplomacia russo a jornalistas, durante uma visita de trabalho a Erevan, capital da Armênia.
O Kremlin anunciou nesta sexta-feira (14) que o presidente russo, Vladimir Putin, ratificou um acordo entre Damasco e Moscou sobre a mobilização "por tempo indeterminado" de suas forças no aeródromo militar de Hmeimim. O texto, originalmente assinado em 26 de agosto de 2015, permite a presença permanente de aviões militares russos neste aeródromo, que serve para a Rússia realizar operações de apoio ao regime de Assad.
Bombardeios continuam em Aleppo
Enquanto isso, pela terceira semana consecutiva, os bombardeios aéreos continuavam atingindo o leste de Aleppo, segunda cidade da Síria. Os ataques ocorrem desde 22 de setembro, quando teve início uma ampla ofensiva do exército sírio para recuperar a cidade rebelde, nas mãos dos insurgentes desde 2012.
"Vários bairros do leste de Aleppo foram intensamente bombardeados desde a madrugada até agora", disse à AFP nesta sexta-feira Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Ele não forneceu um número de vítimas.
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