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Rússia

Rússia cumpre polêmica lei e bloqueia acesso ao LinkedIn

As autoridades russas ordenaram o bloqueio da rede social LinkedIn nesta quinta-feira (17). O site é o primeiro a sair do ar depois da aprovação de uma polêmica lei que obriga que os dados pessoais dos usuários sejam estocados em território russo.

Sede do LinkedIn na California (Estados Unidos):
Sede do LinkedIn na California (Estados Unidos): REUTERS/Robert Galbraith
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O endereço do LinkedIn foi incluído na lista dos sites fora da lei, adotada em 2015. Agora, as operadoras de internet foram notificadas da decisão, que as obriga a bloquear o acesso ao conteúdo.

O LinkedIn é americano e é uma das maiores redes sociais profissionais e de busca de empregos do mundo. A direção da empresa criticou a decisão russa e se disse disposta a se encontrar com as autoridades do país para negociar uma solução. A rede social está sendo comprada pela gigante Microsoft e afirma ter mais de 467 milhões de usuários no mundo, sendo seis milhões na Rússia.

Críticas de grupos do setor tecnológico e opositores

A lei russa aplicada ao LinkedIn obriga os serviços de mensagens, os sites de busca e as redes sociais estrangeiras a armazenarem na Rússia os dados pessoais dos seus usuários no país. A norma é muito criticada pelo setor de tecnologia. "Nunca tínhamos visto isso. Tal confrontação direta com os grandes grupos tecnológicos mundiais supõe uma nova página da história", comentou no Facebook Leonid Volkov, da organização Sociedade de Defesa da Internet, que luta contra a censura.

A questão dos dados pessoais e seu uso suscita debates em todo o mundo, mas é especialmente delicada na Rússia. Nos últimos anos, foram adotadas várias leis que reforçam o controle sobre a internet e as redes sociais, ferramentas vitais para a oposição russa.

Governo nega censura

O Kremlin negou as acusações de censura no caso do LinkedIn. Segundo o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov, o organismo regulador das telecomunicações, encarregado de aplicar a sentença, "age seguindo a lei estritamente".

Esta agência reguladora já avisou várias vezes a grupos como Facebook e Twitter que deveriam aplicar a nova lei, mas não lhes havia imposto sanções até hoje. Desde o retorno de Vladimir Putin ao Kremlin, em 2012, o endurecimento da legislação gerou textos como o que obriga os provedores de internet e as redes sociais a armazenarem as mensagens, ligações e dados de seus usuários durante seis meses.

Com informações AFP
 

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