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Trump e o premiê japonês Shinzo Abe se reúnem em NY

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se encontrará nesta quinta-feira (17), em Nova York, com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. O líder nipônico será recebido na emblemática e opulenta Torre Trump, transformada em quartel-general do magnata imobiliário.

Shinzo Abe antes do seu embarque para os EUA
Shinzo Abe antes do seu embarque para os EUA ©KAZUHIRO NOGI / AFP
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Minutos antes de embarcar no Japão, Abe disse que se sentia honrado por poder se reunir com o presidente eleito "antes de qualquer outro dirigente do mundo".

"A aliança entre Japão e Estados Unidos é a pedra angular da diplomacia e da segurança do Japão e pode funcionar somente dentro da confiança", afirmou.

Alguns especialistas expressaram sua preocupação com o fato de que, segundo o jornal The Washington Post, Trump não teria tido tempo de se informar bem sobre a pauta antes do encontro com Abe.

Durante sua campanha, o magnata manifestou sua intenção de retirar os soldados americanos da Coreia do Sul e do Japão se não houver um aumento significativo na contribuição financeira desses países.

Também criticou os tratados de livre comércio, como o Acordo Transpacífico (TPP), que os Estados Unidos ainda não ratificaram. Tóquio acredita que seu eventual abandono irá favorecer um acordo comercial rival com a China.

Chefe da diplomacia

No entanto, a atenção continua centrada na pessoa que comandará a diplomacia americana. O nome do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, de 72 anos, que apoiou Trump incondicionalmente durante a campanha, aparece com muita força.

Vários meios locais apontam, entretanto, que o magnata considera que Giuliani, afastado da vida política há 15 anos, poderia enfrentar um conflito de interesses caso seja secretário de Estado, principalmente por seu vínculo com uma companhia de petróleo venezuelana.

O ex-embaixador da ONU John Bolton e o senador Bob Corker, presidente da comissão de Relações Estrangeiras, são muito cotados para ocupar o cargo.

Mas as emissoras CNN e MSNBC asseguraram que a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, filha de índios, também é uma das favoritas para liderar a diplomacia americana.

A porta-voz de Trump, Kellyanne Conway, disse na quinta-feira à emissora MSNBC que Haley é uma "governadora extraordinária", que poderia ocupar "várias posições" na nova administração, apesar de ter apoiado o multimilionário "tardiamente", quando a campanha já havia começado.

Secretário de Justiça

O senador ultraconservador Ted Cruz, que disputou com o magnata as primárias republicanas, foi visto na Torre Trump e trouxe à tona rumores sobre sua possível nomeação como secretário de Justiça, de acordo com a agência Bloomberg.

Entretanto, o atual chefe de inteligência nacional, James Clapper, apresentou sua carta de renúncia que será efetiva quando o novo governo assumir.

O general aposentado Michael Flynn poderia se tornar conselheiro de Segurança Nacional, segundo a imprensa. O militar comandou a Agência de Inteligência de Defesa (DIA, em inglês) entre 2012 e 2014, mas abandonou o posto por suas diferenças com a equipe da instituição e do governo.

O jornal Wall Street Journal assinalou que o ex-governador do Texas Rick Perry, que participou das internas republicanas, aspira ao cargo de secretário de Energia.

A porta-voz de Trump também assinalou que as primeiras nomeações serão anunciadas "antes ou depois do Dia de Ação de Graças", que é celebrado na quinta-feira 24 de novembro.

Após mais de uma semana de "clausura", Trump continuará na sexta-feira as consultas sobre a conformação de seu gabinete em um campo de golfe de Bedminster, em Nova Jersey.

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