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Síria

Moradores de Aleppo enfrentam tempestade de neve enquanto deixam zona sitiada

Mais de mil habitantes da zona rebelde do leste de Aleppo foram retirados de forma gradual nesta quarta-feira (21). A operação está sendo realizada em meio a uma tempestade de neve, o que dificultou a saída dos comboios da segunda maior cidade da Síria.

Sob a neve, últimos moradores da zona rebelde de Aleppo aguardam retirada
Sob a neve, últimos moradores da zona rebelde de Aleppo aguardam retirada Mohamed al-Bakour / AFP
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O processo de evacuação da zona leste de Aleppo acontece a um ritmo irregular. Nesta quarta-feira, os moradores que ainda continuam na região sitiada, incluindo muitas mulheres, crianças e idosos, esperaram sob a neve para sair da cidade onde viveram cercados durante meses, sofrendo os bombardeios de aviões sírios e russos.

Foi sob uma intensa nevasca que os comboios atravessaram Ramusa, um bairro periférico no setor governamental, pelo qual os evacuados transitam. "Os ônibus não têm aquecedor. Os passageiros sofrem com o frio. Não têm água, nem alimentos", informou Ahmad al-Dbis, chefe de uma unidade de médicos e voluntários que coordena as retiradas.

O diretor para o Oriente Médio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), Robert Mardini, confirmou via Twitter que "as condições climáticas são difíceis e as pessoas estão esgotadas”.

Além da neve, a demora para a retirada também foi motivada pela necessidade de sincronizar as saídas de Aleppo com as das localidades xiitas de Fua e Kafraya, na província de Idlib, cercadas pelos rebeldes, informou à AFP uma fonte militar síria. "Mais de 1.700 pessoas esperam para sair das duas cidades", disse a fonte.

Na segunda-feira (19), o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade o envio de 20 observadores "nacionais e internacionais" para supervisionar a retirada e informar sobre a situação dos civis.

O fim do processo de evacuação significará a mais importante vitória militar do governo sírio desde 2011, quando teve início a guerra devastadora, que provocou a morte de 310 mil pessoas e o deslocamento de metade da população do país.

(Com informações da AFP)
 

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