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Brasil-Mundo

Escola de futebol Ronaldo Academy vira febre na China

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Na China, país em que a ordem é fazer do futebol uma potência, crescem como nunca as escolas voltadas para crianças e adolescentes interessadas no esporte, que ainda está longe de ser uma tradição entre os jovens, mas que é o preferido do presidente Xi Jinping.

Este ano a China deve se tornar o principal mercado da Ronaldo Academy
Este ano a China deve se tornar o principal mercado da Ronaldo Academy Divulgação / Ronaldo Academy
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Vivian Oswald, correspondente da RFI

Investimentos milionários têm sido feitos pela China para construir estádios. Clubes têm trazido jogadores do mundo inteiro, do Brasil sobretudo, para jogar aqui a peso de ouro.

Este ano, a China deve se tornar o principal mercado da Ronaldo Academy. Fundada em 2005, em parceria com o empresário Carlos Wizard, a escola tem a marca do jogador Ronaldo Fenômeno e 73 unidades comercializadas em cinco países. Só na China já são 33 unidades, das quais seis já estão em operação, com uma média de 300 alunos cada.

No Brasil, estão previstas 31 unidades, das quais 16 já estão em funcionamento. A escola também está abrindo franquias nos Estados Unidos, no México, na Colônia e na Suíça.

No caso da China, a academia foi para dentro das escolas, onde os jovens passam a maior parte do tempo. Nos fins de semana, em Pequim, os alunos entre 4 e 18 anos de idade terão a oportunidade de treinar perto do estádio Ninho de Pássaro, que ficou conhecido durante os jogos olímpicos de 2008.

Por exigência dos chineses para ceder os espaços nas escolas, os professores têm que ter certificado técnico, falar inglês e ser formados em educação física. Alguns são ex-atletas.

DNA Fenomenal

O modelo da Ronaldo Academy é diferente de outras escolas de futebol que existem na China. É mais abrangente. A metodologia usada pelas academias foi batizada de “DNA Fenomenal”, inspirada na vida do ex-atleta Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno. A ideia, segundo o presidente da empresa, Rafael Bertani é formar cidadãos por meio do futebol.

Além de aprender e praticar o esporte, os alunos também podem fazer intercâmbios no exterior. A rede de academias oferece a oportunidade para os alunos estudarem inglês e treinarem futebol nos Estados Unidos e, futuramente, no Brasil. Para quem quer programas mais longos, há ainda a possibilidade de fazer o chamado high school nos Estados Unidos e até ingressar em universidades americanas.

Isso deve ser um diferencial para os chineses, que hoje estão muito mais preocupados com os estudos do que com o futebol. Entre 2015 e 2016, pouco mais de 300 jovens foram estudar nos Estados Unidos. A Ronaldo Academy sabe disso.

Tudo ali é feito de maneira que os pais valorizem o que os filhos estão fazendo. Eles podem acompanhar o desempenho das crianças por aplicativos de telefone. Os alunos são avaliados periodicamente e ainda têm direito a um glossário de futebol em inglês que está sendo desenvolvido para os cursos. Quem sabe novos talentos serão descobertos com a anuência dos pais?

A empresa está entusiasmada e quer ter 200 unidades em todo mundo até o fim de 2017.

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