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Síria

EUA enviam 400 soldados à Síria para reconquistar Raqqa, reduto do grupo EI

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (9) que irão mandar 400 soldados para ajudar na reconquista da cidade de Raqqa, na Síria. A localidade é considerada como o último reduto do grupo Estado Islâmico no país.

Soldado americano entre militares das Forças Democráticas Sírias em Raqqa, na Síria.
Soldado americano entre militares das Forças Democráticas Sírias em Raqqa, na Síria. Reuters/Rodi Said
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A prioridade dos militares americanos é oferecer apoio nas operações aéreas e estratégicas à aliança das Forças Democráticas Sírias (FDS), formadas por combatentes curdos e árabes na cidade. Mas eles também vão apoiar o preparo das tropas para o ataque final à Raqqa por terra, no conselho dos responsáveis em momentos cruciais da operação, além de proteger a retaguarda da operação terrestre.

Com o envio dos 400 homens, o trabalho dos "conselheiros" americanos vai ganhar um importante reforço na Síria. As forças especiais americanas no país contabilizam atualmente cerca de 500 militares.

O Pentágono garante que a decisão não é precipitada e que o plano foi aprovado antes mesmo da última eleição presidencial. Enquanto ainda era presidente, Barack Obama autorizou também o envio de helicópteros AH-64 Apache para a Síria. Eles devem ser empregados nas operações de reconquista de Raqqa.

Grupo EI perde campo na Síria e no Iraque

Segundo o Pentágono, o grupo Estado Islâmico perdeu 65% do território que controlava na Síria e no Iraque, além da metade dos combatentes que tinha no auge de sua expansão, em 2014.

No Iraque, as unidades de elite do exército retomaram o bairro de Mualemin, no oeste de Mossul, o reduto do grupo EI no país. De acordo com o coronel Abdel Amir al-Mohamedawi, das Forças de Intervenção Rápida, a unidade de elite do ministério do Interior, as tropas perseguem os franco-atiradores e percorrem os bairros para desativar as bombas que os extremistas espalharam pelas ruas, as casas e lojas.

Segundo ele, "até o momento, o comando não deu ordem para avançar em direção à Cidade Velha", bairro densamente povoado e onde devem acontecer violentos combates. Esta região de Mossul é a que mais preocupa as organizações humanitárias, que temem que os civis sejam utilizados como escudos humanos.

Um total de 50 mil pessoas conseguiram fugir das regiões de combate em Mossul e chegar aos campos de refugiados, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Na Síria, as Ongs também se preocupam que o reforço das operações em Raqqa custe a vida de civis. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que 14 pessoas, entre elas seis crianças, morreram em um povoado do norte do país, entre Raqa e Deir Ezzor, na quinta-feira em supostos bombardeios da coalizão internacional.

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