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Rússia/EUA

Putin recebe Tillerson e lamenta deterioração da relação entre EUA e Rússia

 O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson. Pouco antes do encontro, que não estava previsto da agenda do representante da Casa Branca, o chefe do Kremlin falou sobre as tensões recentes entre Moscou e Washington.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pouco antes do encontro com o presidente russo Vladimir Putin
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pouco antes do encontro com o presidente russo Vladimir Putin REUTERS/Sergei Karpukhin
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Putin reconheceu, em uma entrevista exibida no canal de notícias Mir 24, que os diálogos entre Rússia e Estados Unidos pioraram desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca. "Pode-se dizer que o nível de confiança em nossas relações de trabalho, especialmente na questão militar, não melhorou, e provavelmente piorou", disse o presidente russo.

Logo após as declarações, Putin se encontrou com o secretário de Estado norte-americano, que havia se reunido mais cedo, durante horas, com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov. As discussões acontecem em um contexto de tensão entre Moscou e Washington, com declarações divergentes das duas potências sobre o conflito na Síria.

Tillerson e Lavrov trocaram farpas nos últimos dias sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Khan Sheikhun. A tensão aumentou após a mudança de postura do presidente americano, que ordenou o primeiro bombardeio contra o exército de Damasco desde o início do conflito há seis anos. A Rússia mantém uma linha que inocenta o regime sírio e aponta para os rebeldes, com a alegação de que o exército desmantelou seu arsenal de armas químicas sob supervisão internacional.

Rússia quer conhecer "verdadeiras intenções" da política internacional dos Estados Unidos 

O chanceler russo disse que deseja compreender as "verdadeiras intenções" dos Estados Unidos em termos de política internacional, com o objetivo de evitar uma "repetição" do bombardeio americano na Síria e trabalhar na criação de uma "frente comum contra o terrorismo".

"Nossa linha de comando se baseia no direito internacional e não em uma escolha do tipo: 'você está do nosso lado ou contra nós'", declarou o ministro russo. Já Tillerson afirmou que desejava um diálogo "aberto, franco e sincero", com o objetivo de "esclarecer mais os objetivos e interesses comuns e as claras diferenças" na abordagem dos dois países sobre as principais questões.

Apesar das tensões, após a reunião com Tillerson, Lavrov declarou, em uma entrevista coletiva conjunta, que Moscou e Washington "confirmam o objetivo compartilhado de empreender uma luta implacável contra o terrorismo internacional".

Rússia veta resolução da ONU sobre ataque químico na Síria

Enquanto isso, em Nova York, a Rússia usou seu poder de veto no Conselho de Segurança, nesta quarta-feira, para bloquear uma resolução que pedia ao governo da Síria cooperação com uma investigação sobre o suposto ataque com arma química. Essa é a oitava vez que os russos fazem uso do veto para impedir uma resolução do Conselho de Segurança da ONU dirigida especificamente ao governo de Damasco, aliado de Moscou.

(Com informações da AFP)

 

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