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Igreja

"Extremismo, só de caridade", prega o papa no Cairo

Cerca de 15 mil pessoas compareceram à missa celebrada pelo papa Francisco neste sábado (29), em seu segundo e último dia de viagem ao Egito.

REUTERS/Alessandro Bianchi
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A visita do papa, três semanas depois dos atentados do Domingo de Ramos contra os ortodoxos coptas, tem um caráter altamente simbólico para os cristãos egípcios.

No início de abril dois ataques terroristas, reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, deixaram 45 mortos e mais de cem feridos em duas igrejas coptas, na cidade de Alexandria e em Tanta.

Por isso, a solenidade deste sábado foi realizada num estádio militar, nos subúrbios do Cairo, com forte esquema de segurança das Forças Armadas.

A missa, celebrada em italiano e árabe, contou com a participação de autoridades religiosas muçulmanas e cristãs das diversas confissões presentes no país: copta, arménia, maronita e melquita.

Mensagem ecumêmica

Com o objetivo de promover a paz e a concórdia entre cristãos e muçulmanos, o papa viajou ao Cairo para divulgar sua mensagem: a verdadeira fé é aquela que conduz “à cultura do reencontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade. O único extremismo admitido pelos crentes é o da caridade. Qualquer outra forma de extremismo não vem de Deus, e não lhe agrada”.

O Egito conta com uma comunidade cristã de 272 mil fiéis, ou seja, 0,3% da população. As igrejas cristãs estão presentes no país desde, pelo menos, o século 5.

Depois da sua chegada ao Cairo, o papa, que lidera 1,3 bilhão de católicos em todo o mundo, abordou várias questões delicadas no Oriente Médio, como a proliferação de armas e o populismo demagógico “que não ajudam a consolidar a paz e a estabilidade”.
 

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