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Iêmen

Em plena guerra, Iêmen registra 100 mil casos suspeitos de cólera

A epidemia de cólera que atinge o Iêmen desde o final de abril já fez 789 mortos. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 100 mil casos suspeitos foram registrados no país, que enfrenta uma guerra há dois anos.

Além das vítimas diretas dos conflitos, hospitais do Iêmem recebem milhares de casos suspeitos de cólera.
Além das vítimas diretas dos conflitos, hospitais do Iêmem recebem milhares de casos suspeitos de cólera. REUTERS/Abduljabbar Zeyad
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O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, informou que os casos da doença já foram assinalados em 19 províncias do país. "Até esta data, 101.820 suspeitos foram registrados”, confirmou o representante da organização.

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o Vibrio cholerae. A OMS alerta que sem medicação e tratamento, a doença pode ser fatal.

A epidemia está se espalhando rapidamente neste país pobre da Península Arábica, onde as instalações hospitalares e as condições de higiene deterioraram-se profundamente nos últimos meses. A principal razão é a guerra que opõe, há dois anos, os rebeldes xiitas huthis e as forças leais ao governo, apoiadas por uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.

O representante da OMS no Iêmen, Nevio Zagaria, afirmou recentemente que "a velocidade (de propagação) da doença no país é muito alta e se faz necessária uma ajuda substancial para reparar a rede de encanamento e esgoto" e tentar purificar o sistema sanitário. Ele também lamentou a falta de fundos recebidos para ajudar as autoridades iemenitas a reparar as infraestruturas destruídas pelos combates e ataques aéreos da coalizão árabe.

"O Iêmen está à beira do caos", declarou o diretor da Oxfam no país, Sajjad Mohammed Sajid, citado em um comunicado. Se a epidemia não for contida, ela irá "ameaçar a vida de milhares de pessoas nos próximos meses", alertou a ONG, que pede um "cessar-fogo imediato" para permitir que os trabalhadores humanitários atuem no país.

O conflito no Iêmen já fez mais de 8 mil mortos e 45 mil feridos, segundo a ONU.

(Com informações da AFP)

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