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Rússia/prisão

Rússia: opositor Alexei Navalny é detido em manifestação

O opositor russo Alexei Navalny e centenas de seus partidários foram detidos nesta segunda-feira (12) antes do início de um protesto anticorrupção não autorizado no centro de Moscou.

Protestos anti-corrupção em Saint Petersburg, Rússia 12/06/17
Protestos anti-corrupção em Saint Petersburg, Rússia 12/06/17 REUTERS/Anton Vaganov
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Milhares de russos, incluindo jovens, foram às ruas em dezenas de cidades no país. Em Moscou, perto do Kremlin, a tropa de choque tentou dispersar a multidão. Segundo a ONG russa OVD-Info, foram detidas 121 pessoas em Moscou e 137 em São Petesburgo. Outras detenções aconteceram em Vladivostok, Norilsk e Sochi.

Alexei Navalny, que pretende disputar contra Vladimir Putin a presidência russa na eleição de março de 2018, foi detido quando saía de casa. A informação foi dada pela sua esposa no Twitter. A polícia confirmou a detenção. Ele será apresentado a um juiz por violar as regras de organização de manifestações e por se recusar a obedecer as forças de ordem.

O blogueiro, cujos vídeos investigativos compartilhados nas redes sociais denunciam a corrupção das elites e oligarcas, convocou protestos em toda a Rússia nesta segunda-feira, quando o país comemora a sua independência em 1990, antes da queda da União Soviética.

O opositor número 1 do Kremlin surpreendeu ao levar às ruas dezenas de milhares de pessoas no último dia 26 de março. A mobilização, de uma escala sem precedentes em vários anos, aconteceu depois da publicação, pela equipe de Navalny, de um vídeo acusando o primeiro-ministro Dmitri Medvedev de liderar um império imobiliário financiado pelos oligarcas.

Na ocasião, a polícia prendeu mais de 1.000 pessoas, incluindo Navalny, que passou 15 dias na prisão. Desde então, sete pessoas foram colocadas em prisão preventiva por violência contra a polícia. Dois foram condenados a penas de prisão.

Pressão de escolas e universidades

Antes das manifestações desta segunda-feira, a equipe de Alexei Navalny e a ONG Human Rights Watch denunciaram a pressão por parte das universidades e escolas para dissuadir os jovens a protestar, por vezes com ameaças de expulsão. No final de maio, a presidente do Senado Valentina Matvienko indicou que o Parlamento estava considerando proibir menores de idade de participar em manifestações não autorizadas, sob pena de sanções para os pais.

(Com informações da AFP Brasil)

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