Duas turistas ucranianas morrem após ataque com faca no Egito
Duas turistas ucranianas foram mortas e quatro ficaram feridas nesta sexta-feira (14) em um ataque no resort de Hurghada, no leste do Egito, segundo o jornal oficial do governo egípcio Al-Ahram informou em seu site.
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Mais cedo nesta sexta-feira (14), o ministério do Interior havia indicado que seis turistas, todas mulheres, haviam sido feridas no ataque, sem especificar sua nacionalidade. As vítimas foram esfaqueadas.
O agressor foi detido e está sendo interrogado para determinar a motivação do ataque, segundo o jornal do governo egípcio. O indivíduo nadou até a praia antes de atacar os turistas.
A segurança foi reforçada em locais turísticos no Egito após diversos ataques mortais nos últimos anos, o que significou um golpe para o turismo, considerado um setor-chave da economia egípcia.
Ataques no Egito
Em 31 de outubro de 2015, o ramo egípcio do grupo Estado islâmico (EI) reivindicou um atentado que matou os 224 ocupantes de um avião que transportava turistas russos depois de decolar de Sharm el-Sheikh, um resort localizado no sul do Sinai.
Em janeiro de 2016, três turistas ficaram feridos em Hurghada em um ataque com faca realizado por indivíduos suspeitos de simpatizar com o EI.
O ataque, que não foi reivindicado imediatamente, ocorreu perto da cidade de Rachidine, cerca de 20 km ao sul da capital, onde a polícia já havia sido alvo de um atentado no passado. Na última sexta-feira (7), o ramo egípcio do EI reivindicou um ataque no norte do Sinai, que matou 21 policiais, enquanto o grupo islâmico Hasam reivindicou no mesmo dia o assassinato de um policial no norte do Cairo. A polícia acusa o grupo Hasam de ser afiliado ao movimento Irmandade Muçulmana, considerado como "terrorista" pelas autoridades egípcias.
Desde a destituição da Irmandade Muçulmana, em 2013, pelo exército egípcio do presidente Mohamed Mursi, os grupos extremistas aumentaram os atentados contra militares e policiais, matando centenas de pessoas, especialmente no deserto do Sinai.
Turistas e membros da comunidade cristã copta foram alvo de ataques reivindicados pelo EI no Sinai e em outros lugares do Egito.
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