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Diplomacia

Redução de diplomatas acentua crise entre Rússia e Estados Unidos

A decisão do governo russo de reduzir em quase dois terços o número de funcionários das missões diplomáticas americanas na Rússia aumentou a tensão entre Moscou e Washington. A medida é vista como o sinal de uma nova Guerra Fria entre os dois países.

Vladimir Putin e Donald Trump durante a cúpula do G20 em julho, na Alemanha.
Vladimir Putin e Donald Trump durante a cúpula do G20 em julho, na Alemanha. REUTERS/Carlos Barria
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As relações entre Estados Unidos e Rússia, já abaladas pelos conflitos no leste da Ucrânia e na Síria, são envenenadas agora pelas acusações de interferência russa durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que Washington está investigando. Depois de uma votação quase unânime na semana passada no Congresso americano para impor novas sanções econômicas a Moscou, a Rússia respondeu com a decisão de reduzir drasticamente o número de funcionários das representações americanas em território russo, incluindo diplomatas e equipe técnica.

A decisão, de alcance inédito, envolve o conjunto de funcionários e também afetará os trabalhadores locais. O Departamento de Estado americano, que denunciou um "ato lamentável e injustificável", afirmou que está examinando uma resposta.

Do lado de Moscou, o Kremlin reafirma seu desejo de um avanço “sólido” nas relações entre os dois países. “Mas constatamos com pesar que no momento estamos longe deste ideal", afirmou nesta segunda-feira (31) o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Sair desta situação requer a vontade de normalizar as relações e renunciar às tentativas de imposição por meio de sanções. Apesar de tudo, o presidente destacou nosso interesse em continuar cooperando onde se encontram nossos interesses", completou.

A imprensa e os analistas russos não esperam uma reconciliação no atual contexto, apesar das promessas de Trump de uma aproximação com a Rússia, deixando para trás a relação ruim da presidência de Barack Obama. "As medidas adotadas pela Rússia constituem um aumento e um reforço do confronto com os Estados Unidos", disse à AFP o analista Nikolai Petrov.

"A Rússia não dispõe de tantos recursos econômicos e militares para responder (a Washington) com sanções, mas a Rússia pode prejudicar os Estados Unidos no âmbito da política internacional", completou o cientista político, que mencionou a possibilidade de "novos ciberataques".

(Com informações da AFP)

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