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Irã

Presidente iraniano forma governo sem nenhuma mulher e é criticado

O presidente iraniano, Hassan Rohani, apresentou nesta terça-feira (8) ao Parlamento 17 dos 18 membros de seu gabinete. O chefe de Estado foi reeleito com a promessa de formar uma equipe mais reformista, mas deixou mulheres e minorias fora do governo.

O presidente iraniano Hassan Rohani é considerado um religioso moderado.
O presidente iraniano Hassan Rohani é considerado um religioso moderado. © AFP/ATTA KENARE
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Visto como um religioso moderado, Rohani contou durante a campanha para a reeleição com o apoio de grupos reformistas. Em troca, ele teria prometido formar um governo mais aberto, com a presença de mulheres, jovens e minorias étnicas e religiosas. Porém, antes mesmo da nomeação oficial de sua equipe, o presidente reeleito em maio já é alvo de críticas, já que os 17 ministros apresentados ao Parlamento são homens, com a idade média de 58 anos. O único nome que ainda não foi escolhido é o da pasta da Educação Superior.

As críticas, principalmente nas redes sociais, foram imediatas. “Parabéns pelo nomeação em massa de sunitas (que formam menos de 10% da população), de mulheres e de jovens no governo”, ironizou no Twitter Hossein Dehbashi, um dos apoiadores de Rohani durante a campanha presidencial de 2013.

“Esperávamos a nomeação de pelo menos uma mulher”, declarou Mohammad Reza Aref, um dos chefes do grupo de deputados reformistas do Parlamento. Até mesmo o 1º vice-presidente iraniano, Eshagh Jahanguiri, comentou em um tweet que “é preciso aumentar o número de mulheres, de minorias e de jovens em cargos de responsabilidade”.

Ahmadinejad foi o primeiro a nomear ministras

O ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que dirigiu o Irã entre 2005-2013, foi o único presidente desde a revolução islâmica de 1979 a nomear uma mulher em seu governo. Marzieh Dastjerdi foi ministra da Saúde entre 2009 e 2013.

O novo governo também conta com poucas mudanças com relação à equipe anterior. Mohammad Javad Zarif mantém a pasta das Relações Exteriores e Bijan Namdar Zanganeh continua como ministro do Petróleo. Já Hossein Dehghan deixa o ministério da Defesa, que será ocupado por seu adjunto, o general Amir Hatami.

O Parlamento começa a se pronunciar sobre o gabinete em uma semana. Segundo a lei, cada ministro deve obter a confiança do Parlamento de modo individual. A Casa é dirigida pelo conservador moderado Ali Larijani, que apoia o governo de Rohani.

(Com informações da AFP)

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