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Oriente Médio

Arábia Saudita reabre fronteira com Catar para peregrinação a Meca

O rei Salman da Arábia Saudita ordenou a reabertura da fronteira para permitir que fiéis do Catar realizem a sua peregrinação a Meca, anunciou nesta quarta-feira (17) a agência oficial de notícias de Riad.

Peregrinos em volta da Kaaba, a Grande Mesquita de Meca
Peregrinos em volta da Kaaba, a Grande Mesquita de Meca REUTERS/Ahmed Jadallah/File Photo
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Essa decisão foi anunciada depois que o príncipe herdeiro, Mohamed ben Salman, recebeu um representante de Doha, pela primeira vez desde a ruptura das relações bilaterais.

Em 5 de junho, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito acusaram o Catar de “apoiar o terrorismo".

O rei ordenou que seja permitido aos peregrinos catarianos "entrar na Arábia Saudita pela fronteira para realizar a peregrinação", disse o comunicado.

Segundo o texto, o monarca também ordenou que aviões particulares pertencentes às companhias aéreas de Riad fossem enviados ao aeroporto de Doha "para trazer todos os peregrinos catarianos às suas custas".

Há dois meses o Catar está sob um duro embargo imposto por seus vizinhos do Golfo Pérsico, entre eles a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.

Severas restrições

Todas as fronteiras terrestres e marítimas com o pequeno emirado foram fechadas e impuseram severas restrições aéreas.

O príncipe herdeiro destacou "as relações históricas entre o povo saudita e os catarianos e entre o poder saudita e a família real do Catar".

O Catar sempre negou todas as acusações de apoio ao terrorismo e, no mês passado, acusou a Arábia Saudita de dificultar a peregrinação dos catarianos.

O rito do "hach", que se inicia em agosto deste ano, constitui um dos cinco pilares do Islã, que todo muçulmano deve cumprir pelo menos uma vez na vida, caso tenha condições financeiras.

O emirado, onde vivem aproximadamente 2,6 milhões de habitantes (80% de estrangeiros), é o mais rico do mundo por habitante - em paridade de poder aquisitivo-, segundo o FMI.

O país abriga a terceira reserva de gás do mundo e é o maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL).

Além disso, o Catar tem um “tesouro” de aproximadamente US$ 330 bilhões das participações internacionais de seu fundo soberano, o Qatar Investment Autorithy (QIA).

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