Egito: Detenção de 12 membros de uma rede de tráfico de órgãos
O Ministério do Interior egípcio anunciou nesta terça-feira (22) a prisão de 12 pessoas, incluindo médicos, que fazem parte de uma "grande rede especializada em tráfico de órgãos".
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De acordo com as Nações Unidas, centenas de egípcios pobres vendem seus órgãos todos os anos para comprar o suficiente para viver e para pagar suas dívidas.
A rede "chegou a um acordo com os egípcios para a transferência de seus órgãos para pacientes estrangeiros em troca de grandes somas", disse o ministério.
Entre os detidos estão três médicos, quatro enfermeiros, três funcionários do hospital e dois intermediários, disse o ministério.
Alguns foram presos "enquanto estavam operando um homem para tomar um rim e uma parte do fígado em um hospital privado" em Gizé, ao sul do Cairo, em troca de US$ 10 mil (€ 8.500), disse o ministério.
O hospital foi fechado e uma investigação foi aberta, acrescenta o texto sem especificar quando as prisões ocorreram.
O parlamento egípcio aprovou uma lei em 2010 proibindo o comércio de órgãos humanos, bem como transplantes entre egípcios e estrangeiros, exceto no caso de casais.
O coordenador da Organização Mundial de Saúde da época, Luc Noël, disse que o Egito figurava entre os cinco principais países em termos de tráfico ilegal de órgãos.
Em dezembro de 2016, as autoridades egípcias anunciaram a prisão de 25 pessoas, incluindo professores universitários, profissionais de saúde, donos de centros médicos e intermediários, em conexão com o desmantelamento de uma rede internacional suspeita de organizar um tráfico de órgãos humanos de egípcios que vivem em extrema pobreza.
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