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Novo míssil da Coreia do Norte é “ameaça sem precedentes” para Japão

O Conselho de Segurança da ONU faz uma reunião de emergência nesta terça-feira (29), em Nova York, a pedido dos Estados Unidos e do Japão, após um novo disparo de míssil da Coreia do Norte, que sobrevoou o norte do Japão durante dois minutos antes de cair no oceano Pacífico.

O disparo feito pelos norte-coreanos foi detalhado por vários meios de comunicação sul-coreanos. 29.08.201717.
O disparo feito pelos norte-coreanos foi detalhado por vários meios de comunicação sul-coreanos. 29.08.201717. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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Lançado do aeroporto de Pyongyang, segundo a Coreia do Sul, o míssil de médio alcance percorreu 2.700 km, sobrevoando a ilha japonesa de Hokaido a 550 km de altitude, antes de cair no mar, sem causar danos. Rádios e TVs japonesas alertaram a população a se abrigar. O sistema de defesa aéreo do Japão poderia ter interrompido a trajetória do projétil, mas não foi acionado.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe falou em uma ameaça "grave e sem precedentes" e quer um reforço das sanções contra o regime do imprevisível Kim Jong-Un. Segundo o correspondente da RFI no Japão, Frédéric Charles, “o governo japonês reagiu como se uma de suas ‘megalópoles’, Tóquio ou Osaka, fosse o alvo final da trajetória do míssil norte-coreano”.

Trens de alta velocidade e metrôs pararam

“Sinais de alerta foram emitidos e mensagens pré-gravadas interromperam a programação de rádios e TVs, pedindo cautela. O serviço de trens de alta velocidade e metrôs de Tóquio foi interrompido, como depois de um forte terremoto. O porta-voz do premiê japonês, Yoshihide Suga, falou de uma ‘grave e séria ameaça à segurança’ no Japão”, relatou o correspondente da RFI no arquipélago.

Soldados japoneses participam de treinamento como resposta ao míssil da Coreia do Norte em 29 de agosto de 2017.
Soldados japoneses participam de treinamento como resposta ao míssil da Coreia do Norte em 29 de agosto de 2017. REUTERS/Issei Kato

Os eventos desta terça-feira (29) representam uma escalada adicional na região, depois que Pyongyang ameaçou disparar uma série de mísseis em direção ao território norte-americano de Guam. “Um tiro deste porte, em todos os casos, sobrevoaria o arquipélago japonês”, precisou Frédéric Charles.

A Rússia declarou estar extremamente preocupada com uma escalada militar na região. A China reagiu afirmando que pressões e sanções não resolverão o problema, e defendeu a retomada do diálogo de paz entre as partes. O presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, acertaram aumentar a pressão contra o regime de Pyongyang.

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