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Rohingyas

Bangladesh mobiliza exército para dar ajuda humanitária a rohingyas

Bangladesh ordenou nesta quarta-feira (20) que suas Forças Armadas participem na distribuição de ajuda humanitária e na construção de abrigos para os refugiados rohinygas. Mais de 400 mil pessoas fugiram da violência em Mianmar, a antiga Birmânia, e acampam no país vizinho.

Refugiados rohingyas durante distribuição de comida em acampamento de Cox's Bazar, em Bangladesh.
Refugiados rohingyas durante distribuição de comida em acampamento de Cox's Bazar, em Bangladesh. REUTERS/Cathal McNaughton
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O exército nacional vai se posicionar na região de Cox's Bazar, anunciou Obadiul Quader, representante do governo da primeira-ministra Sheikh Hasina. Esta decisão dá início a uma etapa de envolvimento direto do exército de Bangladesh na crise humanitária.

Nesta quarta, Sheikh Hasina pediu novamente para que o governo birmanês readmita em seu território os 420 mil refugiados rohingyas. "Mianmar deve garantir a segurança e acolhê-los. Não deve existir opressão nem tortura. Eles são seus cidadãos", martelou a primeira-ministra em Nova York durante uma reunião com seus compatriotas.

Os rohingyas, que representam a maior população apátrida do mundo, são considerados estrangeiros em Mianmar, apesar de viveram há décadas no país, cuja maioria da população (90%) é budista. A minoria muçulmana sofre uma discriminação que impede viagens ou casamentos sem autorização. Eles também estão privados do acesso ao mercado de trabalho e aos serviços públicos, como escolas e hospitais.

As declarações de Hasina foram feitas após a líder birmanesa Aung San Suu Kyi afirmar que Mianmar estava "pronta" para um retorno dos refugiados. A prêmio Nobel da Paz respondeu às críticas da comunidade internacional sobre sua gestão da crise dos rohinygas, mas preferiu não se posicionar contra o poderoso exército nacional ou a opinião pública, que cultiva um profundo sentimento de aversão aos muçulmanos.

(Com informações da AFP)

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