Países prometem cerca de R$ 1,1 bilhão a refugiados rohingya
Representantes de 35 países prometeram doações equivalentes a R$ 1,1 bilhão para ajudar cerca de 900 mil muçulmanos da etnia rohingya, refugiados em Bangladesh após terem fugido de Mianmar, de maioria budista. O anúncio foi feito pela ONU nesta segunda-feira (23), em Genebra, após uma reunião internacional.
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A conferência para a crise dos rohingya, organizada por agências da ONU e promovida também pela União Europeia e o Kuwait, fixou um objetivo de cerca de R$ 1,4 bilhão até fevereiro de 2018, sendo que um quarto dessa quantia já foi mobilizada ou foi prometida durante o encontro.
A soma é necessária para ajudar 1,2 milhão de pessoas que vivem amontoadas no distrito de Cox’s Bazar, no sul de Bangladesh: 300 mil habitantes locais e cerca de 900 mil recém-chegados.
“Os doadores humanitários expressaram sua solidariedade e compaixão às famílias e comunidades necessitadas. As promessas generosas precisam agora se transformar rapidamente em ajuda de emergência para os refugiados vulneráveis e em apoio às comunidades locais”, declarou o chefe do serviço de ajuda humanitária da ONU (Ocha), Mark Lowcock.
Apátridas e sem direitos
Entre os doadores estão Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos e Suécia, informou a ONU. Lowcock não excluiu a possibilidade de convocar uma nova conferência de doadores em 2018.
Os rohingya, a maior população apátrida do mundo, são tratados como estrangeiros na Birmânia, país onde 90% da população são budistas. Vítimas de discriminações, eles não podem viajar ou se casar sem autorização. Eles também não têm acesso ao mercado de trabalho, nem aos serviços públicos, como escolas e hospitais.
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