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Síria

Moscou acusa Washington de crimes de guerra na Síria

O exército russo, que intervém na Síria em apoio às forças governamentais, declarou, nesta sexta-feira (3) que os Estados Unidos impedem os refugiados sírios de receberem ajuda humanitária, o que configuraria um crime de guerra.

Soldados do exército sírio em Ezzor, em 31 de outubro de 2017.
Soldados do exército sírio em Ezzor, em 31 de outubro de 2017. STRINGER / AFP
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Os Estados Unidos negaram categoricamente essas alegações, assegurando que é o regime sírio que impede a chegada da ajuda.

De acordo com o "Centro russo para a reconciliação das partes em conflito", a situação humanitária é muito difícil na região de At-Tanf, na fronteira entre a Jordânia e a Síria, onde está localizada uma guarnição da coalizão internacional liderada por Washington.

"O mais urgente é a situação humanitária na região do At-Tanf, onde, por culpa dos Estados Unidos, que implantaram ilegalmente uma base militar, as pessoas estão proibidas de aproximar-se numa faixa de 55 quilômetros, privando dezenas de milhares refugiados da possibilidade de receber ajuda humanitária ", afirmou o comunicado.

"As ações dos militares dos EUA e a chamada 'coalizão internacional' são uma violação flagrante do direito humanitário e podem ser descritas como um crime de guerra", disse o comunicado às agências de notícias russas.

Pentágono se defende

A faixa de 55 quilômetros mencionada pelo exército russo é uma zona de amortecimento criada em comum acordo com os russos em torno da guarnição de At-Tanf para evitar confrontos acidentais entre nossos dois exércitos, disse Eric Pahon, porta-voz do Pentágono.

Expulsos de áreas bombardeadas pelas forças do governo sírio, muitos civis refugiaram-se nesta área de 55 km de extensão, onde sabem que não serão bombardeados, disse ele.

“Nós informamos os russos que estávamos prontos a facilitar a entrega de ajuda a esses civis, mas o regime sírio impediu que esses esforços obtivessem sucesso", acrescentou o porta-voz do Pentágono.

No início de outubro, o exército russo já havia acusado Washington de fornecer "apoio" ao grupo Estado islâmico (EI) da região de At-Tanf. De acordo com Washington, At-Tanf é o lar de um acampamento usado por forças especiais dos EUA e do Reino Unido para treinar rebeldes sírios lutando contra o EI.

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