Austrália quer liderar exportação de maconha terapêutica
O governo australiano decidiu autorizar nesta quinta-feira (4) as exportações de cannabis com fins terapêuticos para estimular a recente produção nacional. A Austrália também não esconde a ambição de se tornar líder mundial no setor.
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Uma primeira fazenda recebeu em março do ano passado a permissão para cultivar maconha medicinal e várias outras seguiram o exemplo. O governo vê na cannabis terapêutica um setor econômico de futuro.
“É um passo importante para nossos pacientes e para a produção nacional”, declarou o ministro da Saúde, Greg Hunt, à TV ABC. “Saber que existe um mercado australiano de produção e um mercado internacional para exportação aumenta as chances de cultivo no país”, acrescentou.
Ele disse ainda que a Austrália pode se tornar o maior fornecedor de cannabis medicinal do mundo. Mas Hunt explicou que as licenças para exportação só seriam emitidas com a condição de prover antes o público doméstico.
Segurança e qualidade
“Queremos uma robusta indústria australiana de cannabis medicinal para que os médicos possam prescrever produtos seguros e de qualidade a seus pacientes”, disse Hunt.
O uso recreativo da maconha continua ilegal na Austrália, mas as leis federais mudaram em 2016 para permitir o uso medicinal, uma medida com amplo apoio geral.
Pesquisas, inclusive um estudo publicado em 2015 pela Associação Americana de Medicina, têm mostrado que a maconha pode ter efeitos benéficos no tratamento de dores crônicas. No entanto, a possibilidade de efeitos colaterais e eficácia ainda são temas de debates no mundo todo.
Vários países autorizaram o comércio da maconha medicinal, incluindo Canadá, Uruguai, Israel e metade dos Estados Unidos. Uma pesquisa americana estimou no ano passado que o mercado global de cannabis terapêutica pode atingir US$ 55,8 bilhões até 2025.
(com informações da AFP)
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