O plano dos inimigos foi desmantelado, diz aiatolá Khamenei
O Irã acabou com as tentativas de seus inimigos estrangeiros de transformar as manifestações legítimas em um motim contra a República Islâmica, declarou nesta terça-feira (9) o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. "Mais uma vez, nosso país diz aos Estados Unidos, à Grã-Bretanha e àqueles que procuram derrubar no exterior a República Islâmica do Irã, que eles falharam e que eles falharão novamente no futuro ", escreveu em sua conta no Twitter.
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Aiatolá Khamenei atacou também o presidente americano Donald Trump, descrito por ele como um "homem muito instável" que encorajou os manifestantes e prometeu o apoio dos EUA. "Ele deve perceber que esses episódios extremos e psicóticos não permanecerão sem resposta", ameaçou.
Khamenei também atribuiu a onda de manifestações e violência dos últimos dias a Israel, opositores da organização dos Mojahedin e a um "rico Governo do Golfo”, alusão à Arábia Saudita, o rival regional de Teerã.
Fim dos protestos?
Os comentários do aiatolá Khamenei confirmam o fim as manifestações que aconteceram em mais de 80 cidades e fez pelo menos 22 mortos desde o final dezembro.
Os guardas da Revolução Islâmica anunciaram domingo (7) ter derrotado o movimento de protesto e acusou vários países estrangeiros, incluindo os Estados Unidos e Arábia Saudita, de serem os responsáveis pelo movimento.
Khamenei acrescentou que os cidadãos iranianos têm o direito de expressar suas preocupações legítimas, uma declaração rara do Guia Supremo que tende a apoiar as forças de segurança na repressão às manifestações.
Poder dividido
As autoridades iranianas estão divididas sobre as medidas a tomar para dar uma resposta ao descontentamento popular manifestado nos últimos dias. O presidente Hassan Rohani defende mais liberdade, mas encontra resistência de um campo conservador reticente.
"Dizer que as reivindicações da população se limitam a questões econômicas é errar o tiro", declarou nesta segunda-feira (8) Rohani, em um comunicado da presidência.
"O problema que temos é a distância que separa os dirigentes da geração jovem. Nossa forma de ver as coisas é diferente de sua forma de pensar. Queremos que a geração dos nossos netos viva como nós", acrescentou o presidente.
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