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Cientistas chineses clonam macacos pelo mesmo procedimento da ovelha Dolly

Cientistas da China criaram os primeiros macacos clonados do planeta através do mesmo processo que produziu a ovelha Dolly há mais de 20 anos, um avanço que poderia impulsionar as pesquisas médicas sobre doenças humanas.

Huah Hua, macaco clonado na China, em 24 de janeiro de 2018.
Huah Hua, macaco clonado na China, em 24 de janeiro de 2018. Cell/ via REUTERS
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Os dois macacos-cinomolgo (Macaca fascicularis), chamados Hua Hua e Zhong Zhong, nasceram no Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciências (CAS) em Xangai e são fruto de anos de pesquisa com uma técnica de clonagem chamada transferência nuclear de células somáticas (TNCS).

"Uma barreira foi quebrada com este trabalho", disse Muming Poo, diretor do Instituto de Neurociências do Centro CAS para Excelência em Ciências do Cérebro e Tecnologia de Inteligência. Até agora, a técnica tinha sido utilizada para clonar mais de 20 espécies de animais diferentes, incluindo cães, porcos e gatos, mas os primatas se mostraram particularmente difíceis.

Questões éticas

O nascimento dos bebês de macaco, agora de seis e oito semanas de idade, também levanta questões éticas sobre o quão perto os cientistas chegaram de clonar humanos um dia. Os humanos poderiam ser clonados por esta técnica, em princípio, disse Poo, embora o foco desta equipe tenha sido a clonagem para pesquisas médicas.

A abordagem poderia ser usada para criar grandes populações de macacos geneticamente idênticos que poderiam ser usados para pesquisas médicas, evitando retirar macacos da natureza. "Somente os Estados Unidos estão importando 30 mil a 40 mil macacos a cada ano pelas empresas farmacêuticas", disse Poo.

"Seus antecedentes genéticos são todos variáveis, eles não são idênticos, então você precisa de um grande número de macacos. Por razões éticas, acho que ter macacos clonados reduzirá muito o número de macacos usados para testes de medicamentos".

Os macacos são frequentemente usados em pesquisas médicas sobre doenças cerebrais como Parkinson, câncer, distúrbios imunes e metabólicos.

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