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Coreia do Norte

Coreia do Norte lucra US$ 200 mi em exportações proibidas por sanções

Um relatório divulgado neste sábado (3) aponta que a Coreia do Norte vem desrespeitando as sanções impostas pela ONU. Segundo o documento, Pyongyang lucrou US$ 200 milhões com exportações de carvão, ferro, aço e outras matérias-primas. 

O regime do ditador norte-coreano Kim Jong-un desrespeita as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
O regime do ditador norte-coreano Kim Jong-un desrespeita as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. KCNA/via REUTERS
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De acordo com o relatório realizado por especialistas da ONU, Pyongyang "continuou exportando commodities proibidas nas resoluções, entre janeiro e setembro de 2017". As sanções estabelecidas pelo Conselho de Segurança no ano passado tinham o propósito de conter os programas balísticos e nucleares norte-coreanos. 

No entanto, as investigações da ONU apontaram que a Coreia do Norte contorna as medidas através de diferentes canais, com o apoio de multinacionais e do sistema bancário internacional. Segundo os especialistas, a adoção de quatro séries de sanções econômicas, entre o final de 2016 e 2017, estimulou o surgimento de "mercados lucrativos" para traficantes que proveem petróleo à Coreia do Norte, vital para os programas nuclear e balístico norte-coreanos, e transportam suas exportações de matérias-primas.

Por isso, os redatores do documento salientam a necessidade de um "esforço coordenado entre os Estados-membros, crucial para barrar as atividades ilícitas". O relatório sugere que os países também compartilhem as informações sobre a questão e aumentem a vigilância de empresas privadas que possam ter envolvimento com a Coreia do Norte.

Cooperação militar e piratagem

O documento também indica a existência de projetos de cooperação militar com a Coreia do Norte detectados na África, na região Ásia-Pacífico, assim como com a Síria e Mianmar no setor de mísseis balísticos. Pyongyang também teria assinado acordos sobre armas convencionais e operações cibernéticas para roubar segredos militares.

Segundo o documento, instituições financeiras da Coreia do Norte teriam mais de 30 representantes no Oriente Médio e na Ásia, onde controlam contas bancárias e facilitam transações. Espiões norte-coreanos também utilizam contas bancárias na Europa, utilizando passaportes diplomáticos para viajar, explicam os especialistas na ONU no documento. 

O relatório é divulgado poucas horas depois de o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ter feito um apelo para que todos os envolvidos na crise nuclear norte-coreana realizem "discussões sérias" sobre a questão. Guterres viaja na próxima semana à Coreia do Sul, onde se reunirá com líderes sul-coreanos e assistirá a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pyeongchang. 
 

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