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Inglaterra

Após escândalo, ong humanitária anuncia plano contra assédio sexual

A Oxfam, organização especializada no combate à fome no mundo, revelou nesta sexta-feira (16) um plano para acabar com os problemas de assédio sexual na entidade, uma semana depois da revelação, pela imprensa britânica, de que vários funcionários da ONG contrataram prostitutas no Haiti após o terremoto de 2010.

Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam Internacional. Foto de 5/12/15
Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam Internacional. Foto de 5/12/15 ERIC FEFERBERG / AFP
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A organização anunciou a criação de uma comissão que "trabalhará à distância da Oxfam" e que terá acesso aos registros da ONG e seus funcionários, que serão entrevistados para a identificação dos abusos. "O que aconteceu no Haiti é uma mancha na Oxfam, que nos envergonhará durante anos, e com razão", declarou Winnie Byanyima, diretora-executiva internacional. "Imploro o perdão, de todo coração", completou.

A organização triplicará o financiamento dos programas de proteção - que superará assim a quantia de US$ 1 milhão - e vai dobrar o número de funcionários no departamento, ampliando o investimento na formação sobre questões de gênero. A ONG negou uma falta de transparência na gestão do escândalo haitiano, que provocou a fuga de muitos colaboradores e levou o governo britânico a ameaçar suspender os subsídios para as organizações que dissimulam escândalos sexuais.

A Oxfam realizou uma investigação interna em 2011, que provocou a demissão de quatro funcionários, incluindo o então diretor da organização para o Haiti, Roland van Hauwermeiren. O belga rejeitou, na quinta-feira (15), parte das acusações contra ele.

Publicação da investigação

A organização humanitária não transmitiu as denúncias sobre a contratação de prostitutas às autoridades haitianas no momento de sua investigação, mas nesta sexta-feira informou que os nomes das pessoas envolvidas foram comunicados desde então. A Oxfam publicará os resultados daquela investigação interna, retirando os nomes das testemunhas, assim como os relatórios da nova comissão.

"Devemos assegurar que qualquer pessoa culpada de comportamento tão grave não possa circular de uma organização humanitária a outra, expondo mais pessoas vulneráveis a outros riscos", declarou Winnie Byanyima.

Um homem envolvido no escândalo no Haiti foi contratado pela organização CAFOD, que o demitiu na quarta-feira (14). De acordo com a organização humanitária católica, o funcionário tinha uma carta de recomendação procedente de uma pessoa que afirmava ter sido seu supervisor na Oxfam.

Com informações AFP

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