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Síria/Conflito

Forças do regime sírio isolam Duma, maior cidade de Guta

As forças do regime sírio isolaram neste sábado (10) Duma, a grande cidade de Guta Oriental, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O avanço acontece quase três semanas após o início da grande ofensiva militar para reconquistar o último reduto rebelde, na periferia de Damasco.

Uma rua do reduto rebelde de Guta Oriental, alvo de bombardeios constantes do regime sírio há três semanas.
Uma rua do reduto rebelde de Guta Oriental, alvo de bombardeios constantes do regime sírio há três semanas. REUTERS/Bassam Khabieh
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Segundo o OSDH, as forças leais ao presidente Bashar Al-Assad tomaram o controle da estrada que liga Duma a Harasta, a oeste, e a Misraba, ao sul. Guta Oriental está agora dividida em três: Duma e sua periferia ao norte, Harasta ao oeste e o restante das localidades ao sul, avalia a ONG. O objetivo de regime é enfraquecer as forças rebeldes e impedir os tiros de foguetes contra a capital Damasco.

Um correspondente da AFP em Duma confirmou que a cidade era alvo de bombardeios aéreos e ataques de artilharia no início da tarde. As ruas estavam desertas. Os bombardeios intensos dificultam a circulação de ambulâncias e o transporte de feridos aos hospitais.

Banho de sangue

Segundo último balanço, 975 civis, incluindo quase 200 menores de idade, morreram desde 18 de fevereiro nos ataques das forças do regime contra Guta Oriental. Os ataques intensos também provocaram muita destruição.

A comunidade internacional se mostra incapaz de acabar com esse banho de sangue, diante do apoio infalível da Rússia, aliada de Bashar Al-Assad. O regime sírio já controla mais da metade da região. Apesar de uma contraofensiva rebelde, as forças leais ao presidente continuam a avançar, determinadas a retomar a totalidade de Guta Oriental, onde mais de 400 mil moradores estão sitiados desde 2013.

Ofensiva turca

Em outra frente de batalha, o exército turco e grupos rebeldes sírios aliados estavam neste sábado a apenas quatro quilômetros da cidade de Afrin, reduto da milícia curda YPG na Síria. A Turquia deseja expulsar esse grupo, que ela chama de “terrorista”, da fronteira entre os dois países.

A ofensiva começou 20 de janeiro. De acordo com o OSDH, as forças turcas controlam atualmente 60% do território de Afrin, na região noroeste da Síria. A ONG garante que mais de 200 civis, 370 combatentes curdos e 340 membros das forças pró-Turquia morreram nos ataques. O governo turco nega esse balanço, confirmando a morte de apenas 42 soldados de seu exército.

O conflito na Síria, iniciado em março de 2011, deixou mais de 340 mil mortos e milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

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