Arábia Saudita não é “cliente, mas aliado”, diz presidente francês

Emmanuel Macron deverá viajar "no final do ano" para a Arábia Saudita com o bojetivo de “assinar contratos”, segundo comunicado oficial desta segunda-feira (9) do Palácio do Eliseu. O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman realiza visita oficial a Paris.

O presidente francês, Emmanuel Macron, em 9 de abril de 2018. REUTERS/Pascal Rossignol/Pool

"Os dois líderes vão trabalhar em um documento estratégico que estará pronto até o final do ano, a partir do qual serão finalizados os contratos que Emmanuel Macron assinará na Arábia Saudita", afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Eliseu.

O líder saudita chegou neste domingo à França para uma visita oficial de três dias. Ele jantou no Louvre com o presidente francês. Os dois homens realizarão uma coletiva de imprensa conjunta na terça-feira (10) no Palácio do Eliseu, antes de um jantar oficial.

De acordo com a Presidência francesa, Macron e o príncipe passaram "três horas juntos" no domingo à noite, incluindo uma visita de uma hora à exposição dedicada a Delacroix no Louvre, seguida de um jantar privativo no restaurante Richelieu.

"As discussões foram realizadas em uma atmosfera amigável, que ajudou a estabelecer uma conexão pessoal entre os dois homens", afirmou o Eliseu, acrescentando que os dois líderes "conversaram em inglês." O presidente da República teve uma discussão estratégica com Mohammed ben Salman, visando construir uma aliança com os sauditas", diz o texto.

Macron "não considera a Arábia Saudita como um cliente, mas como um aliado. Os contratos seguirão uma visão comum entre os dois países", afirmou uma fonte do Palácio do Eliseu. Durante a reunião, Macron conversou com o príncipe sobre "as sinergias entre a França e a Arábia Saudita em termos de segurança, a luta contra o terrorismo e parceria energética", diz o comunicado oficial.

O príncipe Mohammed bin Salman realizou nesta segunda-feira uma série de reuniões oficiais de sua visita a Paris, com destaque para questões diplomáticas, em um contexto explosivo no Oriente Médio.