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Tensão

Israel faz forte ofensiva contra Irã e preocupa comunidade internacional

A Síria é palco de uma escalada militar sem precedentes entre Irã e Israel. Teerã respondeu na madrugada desta quinta-feira (10) aos mísseis lançados na véspera ao território sírio por seu arqui-inimigo. Poucas horas depois, Tel Aviv contra-atacou, lançando uma forte ofensiva que preocupa a comunidade internacional.

Segundo a Rússia, Israel teria lançado 70 mísseis contra posições iranianas na Síria na madrugada desta quinta-feira (10).
Segundo a Rússia, Israel teria lançado 70 mísseis contra posições iranianas na Síria na madrugada desta quinta-feira (10). REUTERS/Omar Sanadiki
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Segundo a Rússia, Israel teria utilizado 28 aviões e disparado 70 mísseis contra posições iranianas na Síria nesta quinta-feira. Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a ofensiva israelense teria deixado 23 mortos.

A escalada das tensões entre os dois países na Síria é inédita, depois que Israel realizou um bombardeio noturno, na madrugada de quarta-feira (9) em uma área próxima de Damasco, matando 15 soldados pró-regime, entre eles, oito iranianos, segundo a OSDH. A ONG indica que o ataque atingiu um depósito de armas da Guarda Revolucionária, o exército de elite do regime iraniano, que apoia o regime de Bashar al-Assad.

As forças iranianas na Síria responderam na madrugada desta quinta-feira, lançando cerca de 20 projéteis e foguetes contra posições do exército hebreu nas colinas de Golã, informaram militares israelenses. Os disparos, interceptados pelos sistemas de defesa antiaérea, não deixaram vítimas.

Depois da contra-resposta, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, disse esperar que o Irã tenha compreendido "a mensagem", acrescentando que seu país não deseja uma escalada de tensão. "Atacamos quase todas as infraestruturas iranianas na Síria e eles não devem esquecer o ditado de que se uma chuva cair sobre nós, uma tempestade cairá sobre eles", declarou Lieberman.

Escalada preocupa lideranças internacionais

As lideranças internacionais já reagiram à escalada de violências. A Rússia, que apoia militarmente o regime de Bashar Al-Assad, pediu que Israel e Irã se contenham.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, fizeram um apelo comum pela diminuição da tensão entre Teerã e Tel Aviv. Os dois líderes estão reunidos em Aachen, no oeste da Alemanha, onde Macron receberá de Merkel o prêmio Carlos Magno, concedido a personalidades que atuam pela integração e unidade da Europa.

Acordo nuclear

O confronto entre Israel e Irã é resultado da tensão crescente na região, desde que os Estados Unidos decidiram abandonar o acordo nuclear iraniano. No dia 30 de abril, o primeiro-ministro iraniano, Benjamin Netanyahu, já havia afirmado que Teerã continua sua atividade nuclear em segredo, acirrando os ânimos.

Logo depois que o presidente americano, Donald Trump, anunciou sua decisão, na terça-feira (8), Netanyahu voltou a se pronunciar e apoiou o republicano, fazendo um apelo para que os outros signatários do tratado seguissem o mesmo caminho. O premiê também pediu ajuda da comunidade internacional para combater as forças iranianas na Síria, que acusa de estar preparando ataques contra o território israelense.

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