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ONU/refugiados

Número de refugiados no mundo atinge recorde em 2017 e chega a 68,5 milhões, diz ONU

O número de refugiados e deslocados no mundo atingiu um novo recorde em 2017 pelo quinto ano consecutivo, subindo para 68,5 milhões de pessoas. O anúncio foi feito pela ONU nesta terça-feira (19).

O número de refugiados e pessoas deslocadas internamente (IDPs) após os conflitos no mundo atingiu um novo recorde em 2017, pelo quinto ano consecutivo, em 68,5 milhões, cerca de metade das crianças, disse a ONU na terça-feira.
O número de refugiados e pessoas deslocadas internamente (IDPs) após os conflitos no mundo atingiu um novo recorde em 2017, pelo quinto ano consecutivo, em 68,5 milhões, cerca de metade das crianças, disse a ONU na terça-feira. UNHCR/Alfredo D'Amato
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A crise na República Democrática do Congo, a guerra no Sudão do Sul e a fuga de milhares de refugiados rohingyas de Mianmar para Bangladesh elevaram os deslocamentos forçados a um nível recorde em 2017. Os dados foram divulgados relatório anual da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

De acordo com a ACNUR, o aumento registrado no ano passado, equivalente a 3,1 milhões de pessoas supera com folga a alta de 2016, mais de 300 mil pessoas, e é explicada pelo forte crescimento do número de refugiados.

Segundo os números da ACNUR, uma a cada 110 pessoas no mundo é um deslocado. "Estamos em um ponto de inflexão e, para que a gestão dos deslocamentos forçados no mundo tenha êxito, é necessário um enfoque muito mais integral, que não deixe apenas nas mãos dos países e das comunidades estas iniciativas", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi.

De acordo com a agência, os refugiados que fugiram de seus países para escapar dos conflitos e da perseguição representam 25,4 milhões das 68,5 milhões de pessoas. O número equivale a 2,9 milhões de refugiados a mais que em 2016.

Venezuela está no topo da lista

Neste contexto, os venezuelanos se tornaram a quarta nacionalidade com mais pedidos de asilo apresentados em 2017, com 111.600 solicitações, contra 34.200 em 2016. Os países que mais receberam demandas de asilo de venezuelanos foram Peru, Estados Unidos, Brasil e Espanha.

De forma paralela, o número de solicitantes de asilo que ainda aguardavam o status de refugiado no fim de 2017 em todo o mundo registrou uma alta de 300 mil pessoas, o equivalente a cerca de 3,1 milhões de indivíduos. Os deslocados dentro de seus próprios países chegaram a quase 40 milhões de pessoas, uma pequena redução em comparação com o ano anterior.

A Síria continua sendo o país com o maior número de deslocados internos, seguido por Colômbia, República Democrática do Congo e Afeganistão. Em relação aos refugiados, pouco mais de 20% do total são palestinos. Os demais vêm principalmente de cinco países: Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Mianmar e Somália.

O número de países que recebem grandes quantidades de refugiados também é reduzido. A Turquia continua sendo o primeiro país de recepção dos refugiados em termos absolutos, com uma população de 3,5 milhões de pessoas, principalmente sírios, enquanto o Líbano abriga o maior número de refugiados em relação ao tamanho de sua população nacional.

O relatório também mostra que a percepção dos deslocamentos forçados está em "flagrante contradição com a realidade". O ACNUR denuncia "a ideia de que as pessoas desarraigadas em todo o mundo se encontram principalmente em países do hemisfério norte", quando os dados mostram que 85% dos refugiados vivem em países em desenvolvimento.

(Com informações da AFP)

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