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Paquistão / Política / Eleições

Partido de Imran Khan inicia discussões para formar governo no Paquistão

O partido de Imran Khan anunciou que já está em discussão para formar uma coalizão de governo com políticos independentes e pequenos partidos após a vitória nas eleições legislativas no Paquistão.

Propaganda eleitoral do político e ex-jorgador de críquete, Imran Khan, 27 de julho de 2018
Propaganda eleitoral do político e ex-jorgador de críquete, Imran Khan, 27 de julho de 2018 REUTERS/Athit Perawongmetha
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Enquanto Imran Khan tenta formar a coalizão, as formações rivais preparam manifestações contra a sua vitória. Isso porque a legitimidade de seu triunfo nas urnas esta recheada de acusações de fraude eleitoral.

O Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), partido de Khan, conquistou 115 cadeiras, de acordo com os últimos resultados parciais, publicados neste sábado (28), o que representa um resultado melhor do que o esperado, mas ainda longe dos 137 deputados necessários para formar um governo. A segunda formação, Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), aparece com apenas 64 deputados.

Ex-campeão de críquete

O partido do ex-campeão de críquete começou a negociar com possíveis aliados, o que poderia durar dez dias, segundo o porta-voz do PTI, Fawad Chaudhry. "Entramos em contato com pequenos partidos e deputados independentes. Logo se reunirão com os responsáveis pelo partido em Islamabad", disse Chaudhry na sexta-feira (28).

Um dos representantes do PTI, Naeem ul Haq, garantiu neste sábado que espera formar um governo antes do dia 14 de agosto, o Dia da Independência do Paquistão. "Esperamos que Imran Khan seja eleito primeiro-ministro antes de 14 de agosto", disse Naeem ul Haq a repórteres.

Irregularidades

Antes do início das negociações entre as partes, os rivais de Khan decidiram forçar um "movimento" de protestos para questionar a legitimidade de sua vitória, depois que observadores estrangeiros expressaram dúvidas. A missão de observadores da União Europeia denunciou "restrições à liberdade de expressão" e uma "notável ausência de igualdade" de condições, o que faz com que estas eleições "não estejam à altura" das anteriores legislativas de 2013.

Os Estados Unidos, que compartilham as críticas dos observadores europeus, também expressaram seu "desconforto com as irregularidades" durante a campanha. Uma dúzia de partidos que contestam o resultado das eleições, incluindo o até então governante PML-N, liderado por Shahbaz Sharif, irmão do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, criaram a All Parties Conference (APC).

All Parties Conference

As estratégias dentro da APC, contudo, são divergentes, alguns partidos querem boicotar o novo Parlamento, outros exigem novas eleições. A terceira formação mais votada, o Partido do Povo do Paquistão (PPP), liderado por Bilawal Bhutto, filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto assassinada em 2007, não participa desta Conferência.

O PPP anunciou que rejeita o resultado das eleições, mas vai tentar convencer outras formações para participar no novo Parlamento. As forças derrotadas acusam o partido de Imran Khan, cuja vitória termina com décadas de alternância de poder entre o PML-N e o PPP, de ter vencido graças ao apoio incondicional dos militares.

Com informações da AFP

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