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Crise/Iêmen

Iêmen: ONU decide interferir na maior crise humanitária do país, após morte de crianças

Um acordo sobre um governo de transição e o desarmamento de combatentes estará na agenda das negociações programadas para setembro entre os atores do conflito no Iêmen, considerada a maior crise humanitária da história do país. O envio de um negociador especial da ONU ao Iêmen, Martin Griffiths, foi anunciado neste sábado (11).

Forças de segurança iemenitas apoiadas pelos sauditas em uma zona do aeroporto de Hodeida, em 18 de junho de 2018.
Forças de segurança iemenitas apoiadas pelos sauditas em uma zona do aeroporto de Hodeida, em 18 de junho de 2018. NABIL HASSAN / AFP
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Já se passaram quatro anos desde que a ONU tentou encontrar uma maneira de colocar fim ao conflito que matou quase 10 mil pessoas no Iêmen, resultando em uma crise humanitária sem precedentes no país. Desta vez, o negociador Martin Griffiths espera ver a conclusão bem-sucedida de consultas que começarão em 6 de setembro em Genebra e que devem levar a negociações diretas.

"Primeiro tentaremos chegar a um acordo entre o governo iemenita e os Houthis sobre as questões essenciais do fim da guerra e de um governo de unidade nacional, do qual todos participem", disse o enviado especial.da ONU em uma entrevista publicada neste sábado (11) no jornal saudita Asharq al-Awsat.

Mas, para Griffiths, o fim do conflito só acontecerá se "um acordo assinado" for posto em prática, prevendo "uma fase de transição política sob um governo de unidade nacional e o estabelecimento de medidas de segurança para o desarmamento de todos os grupos armados no Iêmen ".

Até agora, os movimentos de Martin Griffiths conseguiram evitara um ataque da coalizão saudita ao porto de Hodeida, controlado pelos rebeldes Houthis, e o principal ponto de entrada da ajuda humanitária no país.

ONU pede investigação séria sobre ataque mortal dos sauditas

Na sexta-feira, a embaixadora britânica na ONU, Karen Pierce, que preside o Conselho de Segurança do organismo internacional, expressou sua "grande preocupação" e pediu "uma investigação confiável e transparente", após o ataque aéreo atribuído à coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que matou pelo menos 29 crianças no Iêmen.

No início da sexta-feira, a coalizão anunciou a abertura de uma investigação sobre o ataque. O Conselho de Segurança não ordenou o lançamento de uma investigação separada, mas "agora estará discutindo com a ONU e outros para ver como a investigação pode progredir", disse Pierce.

Uma posição criticada pela ONG Human Rights Watch (HRW), que gostaria que o Conselho solicitasse a abertura de uma investigação independente. "A triste verdade é que os sauditas tiveram a oportunidade de investigar a si mesmos e os resultados são risíveis", disse Akshaya Kumar, vice-diretor de Direitos Humanos da ONU.

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