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Romênia/protestos

Romenos saem novamente às ruas para protestar contra corrupção e repressão

Milhares de romenos saíram de novo às ruas neste sábado (11) em Bucareste para pedir a renúncia do governo social-democrata e protestar contra a violência policial nos protestos ocorridos na sexta-feira (10).

Manifestação em Bucareste neste sábado contra a política do governo
Manifestação em Bucareste neste sábado contra a política do governo Inquam Photos/Octav Ganea via REUTERS
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Cerca de 30 mil pessoas participaram das passeatas, segundo a imprensa local. Protestos também foram registrados em outras grandes cidades, como Sibiu, no centro do país, e Timisoara, no oeste. Os confrontos entre as forças de segurança os manifestantes, na sexta-feira (9), deixaram mais de 450 feridos, entre eles cerca de 30 policiais.

Na sexta-feira (9), cerca de 80.000 romenos, entre eles milhares de expatriados que voltaram para seu país para participar dessa manifestação, pediram a renúncia do governo social-democrata da primeira-ministra Viorica Dancila, acusando-a de "corrupção" e de querer "controlar a justiça", propondo uma reforma que alivia os crimes de corrupção e diminui a autonomia do Judiciário.

A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são liberdades fundamentais da União Europeia que têm de ser protegidas de maneira incondicional", defendeu Kurz, cujo país exerce a Presidência rotativa da UE.

O presidente romeno, de centro direita, Klaus Iohannis, em conflito aberto com a maioria de esquerda, criticou "a intervenção brutal e desproporcional" das forças de segurança e pediu à Procuradoria-Geral que abra uma investigação sobre as circunstâncias dessa operação.

Iohannis acusou as autoridades do Partido social-democrata no poder de "conduzirem o país para o caos e a desordem".

Protestos começaram em 2017

A ministra do Interior, Carmen Dan, afirmou que os agentes agiram respeitando a lei para "defender as instituições do Estado". A Romênia é palco de manifestações regulares desde o ano passado. Em fevereiro de 2017, meio milhão de pessoas saíram às ruas.

Em duas mensagens no Twitter, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, "condenou a violência" na manifestação e lamentou que jornalistas, incluindo um funcionário da televisão pública austríaca ORF, estejam entre os feridos.

Após sua volta ao governo no final de 2016, o Partido social-democrata promoveu uma reforma que suscitou críticas por parte da Comissão Europeia e provocou uma onda de manifestações sem precedentes no país desde a queda do regime de Ceaucescu, em 1989.

(Com informações da AFP)

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