Acessar o conteúdo principal
Israel/nacionalismo

Israel: partido nacionalista se mantém na coalizão e salva governo

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece ter conseguido salvar seu governo, pelo menos por enquanto, após o anúncio, nesta segunda-feira (19), de um ministro da coalizão de que permanecerá no Executivo. A decisão afasta a possibilidade de eleições antecipadas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que seria irresponsável realizar eleições neste momento no país.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que seria irresponsável realizar eleições neste momento no país. REUTERS/Corinna Kern
Publicidade

O partido nacionalista religioso Lar Judeu (Yisrael Beitenu) condicionava sua permanência na coalizão à entrega da pasta de Defesa ao atual ministro da Educação, Naftali Bennett, presidente da sigla. O posto está vago desde a renúncia, na semana passada, do ultranacionalista Avigdor Lieberman. Sua demissão deixou Netanyahu com maioria parlamentar de apenas um deputado.

O premiê Benjamin Netanyahu, sem opção, deveria comunicar hoje, ao lado da ministra da Justiça, Ayelet Shaked, e de Bennett, o destino do governo israelense. No fim, de maneira inesperada, Naftali Bennett disse que seu partido continuaria a apoiar o premiê, mesmo sem ser nomeado ministro da Defesa.

“Se o primeiro-ministro for sério em suas intenções - e quero crer nas palavras que ouvi de sua boca ontem à noite -, deixaremos de lado todas as nossas exigências políticas por enquanto e o ajudaremos na missão imensa que consiste em que Israel ganhe de novo. "O presidente israelense decidiu assumir pasta da Defesa - pelo menos por enquanto -, junto com as de primeiro-ministro, ministro das Relações Exteriores e ministro da Saúde.

O governo está em plena crise depois que o ultranacionalista Lieberman renunciou ao cargo de ministro da Defesa na última quarta-feira (14), por divergir da trégua acertada com grupos palestinos na Faixa de Gaza. Lieberman classificou o cessar-fogo de "capitulação diante do terrorismo".

Eleições antecipadas

A divisão no governo parecia tornar inevitável a antecipação das eleições, mas Netanyahu resiste a essa possibilidade, habitual em Israel, um país no qual nenhuma legislatura chegou ao fim em décadas.

A data para as próximas eleições legislativas está estabelecida para novembro de 2019, mas, há meses, paira no ar a convocação de eleições antecipadas. Há até pouco tempo, a ideia foi cogitada pelo próprio Netanyahu, que acabou por mudar de opinião.

O presidente israelense tem a autoridade para dissolver o Parlamento e, neste caso, os israelenses são convocados para votar em um prazo de 90 dias. No domingo à noite, Netanyahu disse que dissolver a coalizão seria "irresponsável", invocando as ameaças urgentes que o país enfrenta.

"Nossas condições de segurança são, neste momento, muito complexas", declarou ele em pronunciamento pela televisão, com ares de discurso eleitoral. Segundo analistas, Netanyahu busca se distanciar o máximo possível dos acontecimentos na Faixa de Gaza na semana passada e das eleições antecipadas.

O cessar-fogo com os grupos palestinos parece ter diminuído sua imagem de melhor garantidor da segurança de Israel, sobretudo, entre os habitantes da periferia do território palestino. Entre eles, há vários eleitores do Likud, o partido de Netanyahu.

(Com informações da AFP)
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.