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Clima/ONU

Concentração de gases que causam efeito estufa bateu recorde em 2017, alerta ONU

A dez dias do início das negociações da Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 24), que acontece entre 2 e 14 de dezembro, em Katowice, na Polônia, um novo relatório da ONU, publicado nesta quinta-feira (22), mostra que as emissões de CO2 atingiram um nível recorde em 2017.

Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM) Petteri Taalas participa de uma coletiva de imprensa após a divulgação do relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nas Nações Unidas em Genebra.
Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM) Petteri Taalas participa de uma coletiva de imprensa após a divulgação do relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nas Nações Unidas em Genebra. REUTERS/Denis Balibouse
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Em seu comunicado, a ONU faz um apelo para que ações sejam colocadas em prática e revertam a tendência. "Os dados científicos são inequívocos. Caso não sejam reduzidas rapidamente, as emissões de gases do efeito estufa e, em particular do CO2 (dióxido de carbono), terão consequências irreversíveis para as mudanças climáticas e cada vez mais destrutivas para a vida na Terra"

O alerta foi feito pelo secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM) Petteri Taalas. Segundo a agência da ONU, as concentrações na atmosfera de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), três gases causadores do efeito estufa, voltaram a aumentar no ano passado e atingiram "novos recordes" em escala global. O mais preocupante, ressalta, é que não estão sendo feitos investimentos para reverter a tendência, enquanto ainda há tempo.

As conclusões do relatório da agência da ONU servem de base científica para as decisões durante as negociações sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas, que acontecem em dezembro, na Polônia. O objetivo é atingir as metas decididas durante a Conferência de Paris em 2015, sobre as mudanças climáticas que propõe aos países signatários limitar o aquecimento global em 1,5°.

Efeito estufa aumentou 41% desde 1990

O aumento das emissões de gases poluentes, explicou o secretário, é um fator determinante nas mudanças climáticas, na elevação do nível do mar, na acidificação dos oceanos e no aumento do número e da intensificação dos fenômenos meteorológicos extremos, segundo a agência. A poluição é consequência direta da industrialização, utilização de energias fósseis e desmatamento.

Os gases causadores do efeito estufa captam uma parte da radiação solar que atravessa a atmosfera, que aquece. O fenômeno aumentou 41% desde 1990, e o CO2 é de longe o principal responsável por esse aquecimento. Os especialistas também observaram, no ano passado, um recrudescimento "inesperado" de um poderoso gás do efeito estufa que prejudica a camada de ozônio, o CFC-11 (triclorofluorometano), cuja produção é regida por um acordo internacional.

 

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