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Na COP 24, Fórum Brasileiro de Mudança do Clima defende permanência no Acordo de Paris

Em discurso realizado na 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24) - que acontece até sexta-feira (14) na cidade de Katowice, na Polônia - o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também ressaltou os avanços do Brasil nos compromissos assumidos para reduzir o aquecimento global.

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) participa da COP 24, em  Katowice, na Polônia
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) participa da COP 24, em Katowice, na Polônia RFI / Christine Siebert
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A defesa da permanência do Brasil no Acordo de Paris acontece em meio às sinalizações do próximo governo de retirar o país do acordo climático firmado, em 2015, por 196 países.  O receio é que o governo brasileiro siga a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que abandonou o acordo em junho do ano passado.

Em entrevista a Christine Siebert, enviada especial da RFI a Katowice, Alfredo Helio Syrkis, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, lembrou que o Brasil continua sendo um dos principais articuladores das ações climáticas.

"Foi na Rio 92 onde tudo começou. O Brasil foi importantíssimo no protocolo de Kioto, na reunião de Copenhagem e também teve um papel muito importante na articulação do Acordo de Paris, que foi a primeira vez que 196 governos combinaram de fazer um esforço para que juntos pudessem combater o processo de aquecimento global", declarou o secretário.

Terras indígenas também sob ameaça

Depois do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sinalizar que pode também flexibilizar as regras para a exploração de terras em reservas indígenas, ambientalistas ficaram preocupados com um possível aumento do desmatamento nas florestas brasileiras.

Presente na COP 24, a responsável pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sônia Guajajara, defendeu o Acordo de Paris e a demarcação das reservas como uma maneira de implementar ações locais contra o desmatamento.

Segundo a líder indígena, "as terras demarcadas são as mais preservadas e embora não haja uma política efetiva de proteção [das florestas], o próprio modo de vida dos povos indígenas garante a preservação", declarou.

Brasil cumpre meta antes do prazo

Nesta quarta-feira (12), durante um pronunciamento direcionado a representantes de mais de 190 países presentes na COP 24, o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, ressaltou o cumprimento das metas brasileiras de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa

Duarte destacou que o Brasil conseguiu reduzir as emissões de carbono em 6 bilhões de toneladas entre 2006 e 2015, período que registrou queda significativa do desmatamento da Amazônia. Nos últimos três anos, as reduções chegaram a 3,9 bilhões de toneladas, observou. 

Prevista para 2020, o anúncio de cumprimento da meta acontece com dois anos de antecedência do prazo firmado durante o Acordo de Paris. 

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