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Brasileiro aparece em lista de 83 defensores do meio ambiente mortos em 2018

No dia 15 de abril de 2018, Nazildo dos Santos Brito, militante de oposição à extração do óleo de dendê, foi assassinado. Como ele, 83 defensores do meio ambiente morreram por todo o mundo em 2018, de acordo com o site francês FranceInfo, um dado preocupante segundo as autoridades da ONU.

83 defensores do meio ambiente foram mortos em 2018
83 defensores do meio ambiente foram mortos em 2018 Mauro Pimentel / AFP
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“Essa violência no coração de um dos lugares mais importantes para o planeta no plano ecológico bloqueia diversos avanços realizados no Brasil nos últimos anos para a proteção dos recursos naturais”, afirmou Erik Solheim, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

No México, Julian Carillo, chefe da comunidade Coloradas de la Virgen, foi morto no dia 24 de outubro, após anos de luta contra um projeto minerador e de ameaças contra sua vida. Outros cinco membros de sua família foram assassinados.

Manuel Gaspar Rodriguez, também mexicano, foi encontrado morto no dia 14 de maio, depois de receber ameaças de morte. Ele fez oposição a diversos projetos nocivos ao meio ambiente, inclusive o da instalação de fios de alta tensão.

No oeste do Quênia, a vítima foi Robert Kirotich, membro do povo indígena Sengwers, morto no dia 16 de janeiro, por ter se recusado a partir da floresta Embobut durante uma operação de expulsão. A área, considerada pelos Sengwers como uma terra ancestral, estava no centro de um grande projeto hidráulico financiado pela União Europeia, que foi abandonado após o ocorrido.

2018: ano de más notícias para o meio ambiente

As populações de vertebrados silvestres, como mamíferos, pássaros, peixes, répteis e anfíbios, sofreram uma redução de 60%, entre 1970 e 2014, devido à ação humana, anunciou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), em 30 de outubro de 2018.

"Preservar a natureza não é apenas proteger os tigres, pandas, baleias e animais que apreciamos (...). É muito mais: não pode haver um futuro saudável e próspero para os homens em um planeta com o clima desestabilizado, os oceanos sujos, os solos degradados e as matas vazias, um planeta despojado de sua biodiversidade", declarou o diretor da WWF, Marco Lambertini.

O declive da fauna afeta todo o planeta, com regiões especialmente prejudicadas, como os trópicos, segundo a 12ª edição do relatório publicado com a Sociedade Zoológica de Londres e baseado no acompanhamento de 16.700 populações de 4 mil espécies. O décimo relatório revelava uma redução de 52% entre 1970 e 2010 e nada parece deter o declínio, que agora é de 60%.

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