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Japão/Ghosn

Detido no Japão, Ghosn renuncia à direção da Renault

O presidente da montadora francesa Renault, Carlos Ghosn, detido no Japão há dois meses, renunciou à direção do grupo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24) em Davos, na Suíça, pelo ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire.

Imagem de Carlos Ghosn em telas de TV de Tóquio
Imagem de Carlos Ghosn em telas de TV de Tóquio REUTERS/Issei Kato/File Photo
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A renúncia de Carlos Ghosn, executivo de nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, foi comunicada na quarta-feira (23) à direção do grupo, segundo o ministro francês. O conselho de administração da Renault deve se reunir nesta quinta-feira, em Paris, para definir um novo presidente e um diretor geral.

O ministro francês considerou como um sinal positivo a convocação pela Nissan de uma assembleia geral extraordinária em abril, que já havia sido solicitada, sem sucesso, pela Renault.

O francês Jean-Dominique Senard, 66 anos, número um da fabricante de pneus Michelin, será eleito presidente, de acordo com a imprensa francesa. Seu compatriota Thierry Bolloré, 55 anos, que dirige a empresa desde a detenção de Ghosn, será designado diretor geral.

Carlos Ghosn foi afastado de seus cargos à frente da poderosa aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi, assim como de suas funções nas duas montadoras japonesas. Ghosn foi detido em 19 de novembro e permanecerá preso ao menos até 10 de março, depois que um tribunal de Tóquio rejeitou um pedido de liberdade sob fiança na terça-feira (22).

Abuso de confiança

O executivo é acusado de ter omitido das autoridades da Bolsa quase 5 bilhões de ienes (cerca de US$ 44 milhões) de seus rendimentos entre 2010 e 2015. Também é acusado por abuso de confiança. A Nissan também faz outras acusações, como a compra de residências de luxo em Beirute, Rio ou Paris, doações a universidades no Líbano ou o emprego fantasma de sua irmã no Brasil, tudo pago pela montadora japonesa.

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