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Cinco anos após desaparecimento de avião da Malaysia Airlines, famílias continuam sem respostas

Cinco anos após o sumiço do voo MH370 da companhia Malaysia Airlines, a dor e os questionamentos dos familiares das vítimas continuam presentes. Dos 239 passageiros, 153 passageiros eram chineses. Seus parentes foram recebidos nesta sexta-feira (8) no ministério das Relações Exteriores de Pequim.

Familiares das vítimas reunidos em Pequim, em 8 de março de 2019
Familiares das vítimas reunidos em Pequim, em 8 de março de 2019 REUTERS/Thomas Peter
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As famílias não foram recebidas no prédio do ministério, mas num escritório de um shopping que fica bem em frente. Durante muito tempo, essas reuniões aconteceram perto do aeroporto de Pequim. Para muitos dos presentes, é como se o tempo tivesse paralisado no dia 8 de março de 2014, quando o Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu no golfo da Tailândia.

Na saída do encontro, uma mulher entrou aos prantos. “Faz cinco anos que o avião sumiu. Três membros de minha família estavam a bordo e nunca voltaram. Minha neta teria sete anos hoje, ela deveria ir à escola. Estou ficando louca. O governo não nos diz nada, é injusto”, diz.

Na rede social chinesa WeChat, a esposa de um desaparecido publicou um desenho de sua filha nos ombros de seu pai. “Ela me pergunta sem parar quando seu pai retornará e não sei o que responder”, escreveu.

O sentimento é de injustiça, abandono e raiva contra as autoridades. Zhong Yong Lie é aposentado e perdeu seu filho na tragédia. “No fundo, preferiria estar na prisão. Não quero mais ver ninguém. O governo e a Malaysia Airlines não querem assumir suas responsabilidades”, afirma. As autoridades do país anunciaram que novas buscas estavam previstas caso “propostas viáveis” e “pistas verídicas” sejam apresentadas.

Novas buscas

No domingo (3), diversos familiares de desaparecidos também se reuniram em Kuala Lumpur, na Malásia, para lembrar as vítimas do voo MH370. “O novo governo é mais aberto a nos encontrar e conversar, mas é só o que faz”, disse a advogada Grace Subathiran Nathan, que perdeu a mãe no acidente. “Vamos sugerir ao governo que ele faça novas buscas”, afirma.

Algumas peças da aeronave foram encontradas nas ilhas Maurício e Madagascar. A empresa americana Ocean Infinity é a última a ter se aventurado nas procuras marinhas no ano passado, sem trazer resultados.

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