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Tribunal nega pedido de Ghosn de comparecer a conselho de administração da Nissan

Um tribunal de Tóquio rejeitou nesta segunda-feira (11) o pedido do empresário Carlos Ghosn, em prisão domiciliar na capital japonesa, de comparecer ao conselho de administração da montadora Nissan, informou a imprensa nipônica. Em comunicado, a empresa se opôs à presença de seu ex-chefe, segundo informações do advogado de defesa, Junichiro Hironaka.

Carlos Ghosn na saída da prisão, no dia 6 de março de 2019
Carlos Ghosn na saída da prisão, no dia 6 de março de 2019 Kyodo/via REUTERS
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“Não esperávamos uma oposição tão forte”, declarou Hironaka, ressaltando que ele estuda a possibilidade de contestar a decisão. Mas a notícia não é uma surpresa tendo em conta que Ghosn está proibido de se encontrar com pessoas ligadas ao caso de fraude que o conduziu à prisão, como os responsáveis do alto escalão da Nissan.

O executivo franco-libanês-brasileiro foi destituído da presidência da empresa poucos dias após sua detenção em Tóquio, em 19 de novembro de 2018. Apesar da acusação, ele permanece como integrante do conselho de administração da Nissan até que a assembleia geral de acionistas, prevista para 8 de abril, vote sua destituição. Ele teria, portanto, em teoria, a “obrigação de participar" das reuniões, segundo seu advogado de defesa.

Objetivo: virar a página Ghosn

A reunião do conselho de administração da Nissan acontecerá nesta terça-feira (12) na presença do novo presidente da Renault, Jean-Dominique Senard. O encontro terá como missão debater o futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

Senard, que já foi ao Japão em fevereiro para conter a crise na imagem da empresa, será acompanhado do diretor-geral da Renault, Thierry Bolloré, do chefe-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, e do líder da Mitubishi Motors, Osamu Masuko.

De maneira global, o objetivo da reunião de conselho é virar a página da era Ghosn, cujo abuso de poder foi denunciado de forma intensa pela Nissan. Desde o início do escândalo, o executivo, de 65 anos, afirma ser vítima de um “complô”.

Atualmente, Ghosn está em liberdade provisória. Enquanto aguarda seu processo, ele está proibido de deixar o Japão, de acessar a internet e todos os seus trajetos fora de casa são vigiados por imagens que são enviadas ao tribunal.

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