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Japão/chuva

Fortes chuvas no Japão deixam duas vítimas fatais e governo reforça pedido de evacuação

As autoridades japonesas multiplicaram os alertas nesta quinta-feira (4) por conta dos riscos extremos de novos deslizamentos e inundações no sudoeste, onde as chuvas torrenciais causaram uma segunda vítima fatal.

Um deslizamento de terra ocorre ao lado de uma casa na cidade de Kagoshima em 4 de julho de 2019.
Um deslizamento de terra ocorre ao lado de uma casa na cidade de Kagoshima em 4 de julho de 2019. JAPAN OUT JIJI PRESS / AFP
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A província de Kagoshima pediu que 800 mil moradores deixem suas casas, mas apenas uma minoria - cerca de 2.300 - se dirigiu para abrigos, de acordo com uma contagem oficial. A região vizinha de Miyazaki emitiu as mesmas instruções, totalizando cerca de 1,1 milhão de pessoas deslocadas em áreas de risco. As ordens de evacuação não são obrigatórias e os residentes geralmente as ignoram. Apenas 3.000 pessoas, a maioria idosas, respeitaram a orientação do governo.

Em algumas áreas, enchentes e deslizamentos foram registrados, arrastando carros e derrubando uma casa, segundo a agência pública de notícias NHK. Desde o início das fortes chuvas, em junho, duas pessoas morreram e várias ficaram feridas. Uma mulher de 85 anos foi encontrada morta nesta quinta-feira (4) depois de ter desaparecido pela manhã.

Centenas de milhares de residentes receberam recomendações de evacuação menos urgentes na mesma ilha de Kyushu. A agência meteorológica nacional lançou uma forte advertência na quarta-feira (3). "Se as tempestades torrenciais continuarem por várias horas, existe o risco de que nosso nível máximo de alerta seja emitido", o que indica uma catástrofe iminente, alertou uma autoridade da agência, Ryuta Kurora.  "Então, seria tarde demais para evacuar. Não esperem para buscar um abrigo seguro", insistiu.

Chuvas devem chegar ao centro do país nos próximos dias

As chuvas se deslocavam nesta quinta-feira e devem chegar ao centro e ao leste do Japão nos próximos dias. O governador de Kagoshima, Satoshi Mitazono, disse que se tratava de uma situação "extremamente perigosa". "Um grande desastre pode acontecer a qualquer hora e lugar", disse ele, alegando que havia solicitado a ajuda das forças de autodefesa, como é chamado o exército japonês.

Os transportes ferroviários sofreram alterações, especialmente o trem de alta velocidade Shinkansen no sul de Kyushu, e mais de 150 escolas tiveram que cancelar as aulas, de acordo com a agência de notícias Kyodo.

Mais de 200 pessoas morreram em enchentes no oeste do Japão no início de julho de 2018, quando as instruções para evacuar foram emitidas tarde demais e muitas vezes não foram respeitadas. Bairros inteiros desapareceram sob as inundações de lama ou submersos sob as águas.

(Com informações da AFP)

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