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Volkswagen é a maior emissora de CO2 do setor automobilístico, afirma Greenpeace

A dois dias da abertura do Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a ONG Greenpeace revela nesta terça-feira (10) que a indústria automobilística é responsável por 10% do total das emissões de gases de efeito estufa. Segundo a entidade, entre as 12 maiores empresas poluidoras do setor, alemã Volkswagen está no topo da lista.

Protesto do Greenpeace contra emissões de gases de efeito estufa por veículos em frente ao Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt nesta terça-feira, 10/09/19.
Protesto do Greenpeace contra emissões de gases de efeito estufa por veículos em frente ao Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt nesta terça-feira, 10/09/19. REUTERS/Ralph Orlowski
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No total, o Greenpeace analisou as emissões de gases de efeito estufa por veículos de 12 montadoras. Segundo a ONG, as maiores empresas são as principais poluidoras. Depois da Volkswagen, chega a Renault-Nissan, seguida por Toyota, General Motors e Hyundai-Kia. Juntas, as cinco montadoras seriam responsáveis por 55% das emissões de carbono do setor.

Em 2018, 86 milhões de novos automóveis foram vendidos em todo o mundo. "Pedimos que essa indústria faça mudanças radicais", afirma o Greenpeace, em comunicado. Para a ONG, a falta de ação dessas empresas "nos priva de um futuro mais verde, mais limpo, com maiores chances de sobrevivência".

Protesto no Salão de Frankfurt

O relatório é divulgado a dois dias da abertura do Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, um dos maiores eventos do setor. Para chamar atenção da opinião pública e das autoridades, a ONG realizou um protesto nesta terça-feira diante do local.

Militantes vestidos de verde inflaram um imenso balão preto na traseira de uma caminhonete com a inscrição "CO2". Outros cartazes exibiam a frase: "uma revolução nos transportes sem os assassinos do clima".

"A indústria automobilística ainda não compreendeu a crise do meio ambiente. Ao invés de celebrarem veículos gulosos de carburantes, os construtores deveriam colocar um fim a esses tanques urbanos de guerra e deixar de produzirem motores à combustão", afirmou o militante Benjamin Stephan.

Sob pressão, a indústria automobilística investe cada vez mais em veículos elétricos, vários deles em destaque no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt. Muitas empresas também se voltam à evolução dos motores térmicos.

Mas, para o Greenpeace, "a melhora da eficácia dos combustíveis e de veículos híbridos não é uma solução suficiente para a crise climática". A ONG salienta que o aumento das vendas de pickups "é uma ameaça a mais para nosso meio ambiente".

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