Benny Gantz diz que quer ser primeiro-ministro de um governo de união em Israel
Benny Gantz, o grande rival de Benjamin Netanyahu nas eleições legislativas israelenses, afirmou nesta quinta-feira (19) que deseja ser o primeiro-ministro de um futuro governo de unidade nacional destinado a tirar o país de um impasse político.
Publicado em: Modificado em:
"Os israelenses querem um governo de unidade (...). Vou formar esse governo comigo à frente", disse o líder do partido "Azul e Branco" antes de uma reunião com executivos de sua formação.
Horas antes, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugeriu a Gantz a formação de um governo de união nacional, dois dias depois das eleições legislativas que resultaram no empate dos dois candidatos. O premiê representa o partido de direita Likud e Gantz, a sigla de centro-direita Azul e Branco.
Sem maioria
Do total das 120 cadeiras da Knesset, o parlamento israelense, o Likud obteve 32 cadeiras contra 33 para a legenda do ex-comandante do exército israelense. Nenhuma das duas formações terá condições de reunir as 61 cadeiras necessárias para governar, mesmo com o apoio dos aliados. As eleições de terça-feira (17) foram convocadas porque depois das legislativas de abril Netanyahu não conseguiu formar uma coalizão para governar e o parlamento foi dissolvido.
Na quarta-feira (18), o primeiro-ministro afirmou que o país tinha duas opções: um governo de direita comandado por ele ou um "governo perigoso que se apoie nos partidos árabes". Isso porque Gantz se declarou disposto a negociar com as formações árabes, terceiro grupo mais votado, com a esperança de estabelecer uma coalizão.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro